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Estudo aponta possíveis depósitos de metano embaixo de camada de gelo da Antártida

Gás responsável pelo efeito estufa pode ser liberado na atmosfera se o gelo continuar a derreter

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h27 - Publicado em 30 ago 2012, 11h43

Cientistas afirmaram que um grande volume de metano, um dos gases que provocam o efeito estufa, pode ter sido produzido sob a camada de gelo da Antártida ao longo de milhões de anos, desde que o continente congelou.

A liberação desse gás, caso o manto de gelo continue a derreter, poderia contribuir ainda mais para o aquecimento global.

A suspeita sobre a existência desses depósitos e seus possíveis riscos foi divulgada em um estudo publicado pela revista Nature nesta quinta-feira.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Potential methane reservoirs beneath Antarctica

Onde foi divulgada: revista Nature

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Quem fez: J. L.Wadham, S. Arndt, S. Tulaczyk, M. Stibal, M. Tranter, J. Telling, G. P. Lis, E. Lawson, A. Ridgwell, A. Dubnick, M. J. Sharp, A. M. Anesio & C. Butler

Instituição: Universidade de Bristol, Universidade da Califórnia, Universidade de Alberta, Universidade de Utrecht

Dados de amostragem: Modelos e cálculos matemáticos

Resultado: Aponta suspeita que micro-organismos podem ter transformado imensas quantidade de matéria orgânica depositadas sob gelo em gás metano.

Segundo o estudo, o gás pode ter se originado do trabalho de micro-organismos. Eles vivem sem oxigênio sob o gelo e teriam convertido em metano a antiga matéria orgânica (ou carbono orgânico, resultante da decomposição dos animais e plantas que viviam no continente) que foi soterrada no congelamento do continente, há 35 milhões de anos.

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Conhecido como “gás dos pântanos”, o metano é um dos produtos da deterioração de material orgânico. Ele permanece menos tempo na atmosfera que o dióxido de carbono (CO2), mas possui um potencial de aquecimento 60 vezes maior.

As pesquisas foram feitas por cientistas das universidades de Bristol, na Grã-Bretanha, de Utrecht, na Holanda, da Califórnia, nos EUA, e de Alberta, no Canadá. Segundo o professor de ciências planetárias Slawek Tulaczyk, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, a equipe simulou o acúmulo de metano nas bacias sedimentares da Antártica usando modelos e cálculos matemáticos.

“Cerca de 35 milhões de anos atrás, antes do atual período de glaciação da Antártida começar, esse continente foi repleto de vida. Parte do material orgânico produzido por esta vida ficou preso em sedimentos, que em seguida foram cortados do resto do mundo, quando a camada de gelo cresceu. Nossas pesquisas mostram que, ao longo de milhões de anos, os micróbios podem ter convertido esse velho carbono orgânico em metano”, disse Tulaczyk.

Os cientistas estimam que 50 % do manto de gelo da Antártida ocidental – que tem cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados – e 25% do manto da Antártida oriental (2,5 milhões de quilômetros quadrados) estão sobre bacias sedimentares que contêm cerca de 21 bilhões de toneladas de carbono orgânico. O estudo estima que pelo menos quatro bilhões de toneladas de metano podem ter sido produzidas nessas regiões.

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