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Taxa de desemprego fica em 6,8% em 2014, aponta IBGE

No 4º trimestre, a Pnad Contínua mostrou desocupação de 6,5%. Indicador usa uma metodologia de cálculo diferente da Pesquisa Mensal de Emprego

Por Da Redação
10 fev 2015, 08h45

A ideia é que a Pnad Contínua substitua, aos poucos, a PME. A Pnad Contínua é mais abrangente, com um novo formato e uma nova metodologia.

O Brasil registrou taxa média de desemprego de 6,5% no quarto trimestre de 2014, abaixo da vista nos três meses anteriores, de 6,8%, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Com isso, a média anual ficou em 6,8%, abaixo dos 7,1% registrados em 2013 e dos 7,4% em 2012, mas bem maior do que o calculado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que terminou o ano com média de 4,8%.

A taxa do quarto trimestre também ficou abaixo da vista nos três meses anteriores, quando havia ficado em 6,8%. No primeiro e segundo trimestres de 2014, a taxa havia sido de 7,1% e 6,8%, respectivamente.

Segundo o IBGE, a população desocupada caiu na comparação com o trimestre anterior, passando de 6,7 para 6,5 milhões de pessoas. Já o nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade para trabalhar) fechou o quarto trimestre a 56,9%, levemente acima do terceiro trimestre (56,8%), mas abaixo do que os últimos três meses de 2013 (57,3%).

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A pesquisa também mostrou que, do setor privado, 77,7% dos empregados tinham carteira de trabalho assinada, avanço de 1,3 ponto porcentual em relação ao último período de 2013.

Pesquisa – Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar uma taxa de desocupação com periodicidade trimestral para todo o território nacional. A nova pesquisa substituirá, a partir de 2015, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange apenas seis regiões metropolitanas, e também a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de cada ano.

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Cenário ruim – A variação, contudo ainda não reflete bem o cenário de emprego no Brasil. As notícias de demissões, que começaram no fim do ano passado, são muitas. Só as montadoras demitiram 12,4 mil trabalhadores em 2014. No setor de autopeças foram 19 mil cortes. Os bancos também já dispensaram 5 mil postos de trabalho no ano passado, segundo pesquisa divulgada em meados de janeiro pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Dieese.

Os próprios dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), mostraram que não foi um bom ano para o mercado de trabalho. Foram criadas apenas 396.993 vagas de emprego, queda de 65% em relação a 2013, quando o saldo líquido foi de 1.138.562 postos de trabalho, e o menor saldo líquido desde 2002.

Além disso, os principais pilares que seguravam a economia brasileira se deterioraram fortemente em 2014: os investimentos, o consumo e as exportações. O único remanescente era o emprego, do qual os governos petistas sempre se gabaram para justificar suas políticas econômicas heterodoxas. Mas, tudo indica, o cenário mudou. Ocorre que a taxa de desemprego vinha sendo sustentada não só pela criação de vagas, mas também pela grande quantidade de brasileiros em idade ativa que não procurava trabalho. Com o aperto nas regras do seguro-desemprego anunciado no apagar das luzes de 2014, muitos devem voltar à procura. Contudo, dados coletados pela Fundação Getulio Vargas a pedido do site de VEJA mostram que esses brasileiros não encontrarão boas notícias. O indicador de ‘emprego futuro’ de janeiro de 2015, que apura a confiança da população em relação ao trabalho, atingiu seu pior nível desde o início de 2009. Em um ano, acumula queda de 24%.”

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Indicador – A Pnad Contínua foi o pivô de uma crise institucional no IBGE em abril do ano passado, quando, a pedido dos senadores Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Armando Monteiro (PTB-PE), a presidente do órgão, Wasmália Bivar, comunicou mudanças no calendário de divulgação da pesquisa. Isso porque a metodologia da pesquisa seria revista para atender a questionamentos de parlamentares sobre informações de renda domiciliar per capita.

Por essa razão, levantou-se a possibilidade de ingerência no IBGE que deu início a uma grave crise institucional no órgão – com direito à debandada de técnicos. Especulou-se que os parlamentares governistas estavam descontentes quanto aos dados estatísticos sobre a taxa média de desemprego no Brasil no ano de 2013 na apuração da Pnad -� que seriam divergentes da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), também feita pelo IBGE.

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