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Senadores dos EUA acusam Apple de sonegar US$ 44 bilhões em impostos

Para escapar do Fisco norte-americano, empresa teria criado subsidiárias de fachada para enviar seus lucros; uma audiência com os senadores está marcada para a próxima terça-feira

Por Da Redação
20 Maio 2013, 21h19

Uma investigação do Senado dos Estados Unidos acusa a Apple de sonegar 44 bilhões de dólares em impostos nos últimos quatro anos. A empresa aproveitou-se de brechas do sistema tributário norte-americano para enviar seus lucros para subsidiárias sem residência fiscal. Com o dinheiro fora do país, a empresa não precisaria prestar contas ao Fisco.

Uma comissão de investigação do Senado divulgou, nesta segunda-feira, um relatório de 40 páginas que aborda detalhadamente o pagamento de impostos da Apple. O relatório antecipou os temas que serão abordados em uma audiência dos parlamentares com a Apple, marcada para a próxima terça-feira.

“A Apple encontrou o Santo Graal da sonegação de impostos”, disse o senador democrata Carl Levin, que vai liderar a audiência, ao Financial Times . “A empresa criou filiais no exterior que detêm dezenas de bilhões de dólares, mas que não têm residência fical e não pagam impostos em lugar nenhum”, afirmou Levin.

O relatório do Senado aponta que a Apple fez uso de brechas fiscais, que permitiram que o faturamento da empresa em outros países não fosse taxado. Por conta das brechas, a própria comissão reconhece que não há como afirmar que a Apple fez nada de ilegal.

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Antes mesmo da publicação do relatório, a Apple publicou uma nota em que nega o uso de “artifícios fiscais” para diminuir a parcela de seu faturamento repassada ao fisco dos Estados Unidos. A empresa também alega que é a empresa que mais paga taxas corporativas no país – de acordo com a Apple, a empresa foi responsável por 2,5% do valor pago por todas as empresas em tributações dessa natureza.

A empresa também negou que a subsidiária Apple Operations International, sediada na Irlanda e apontada na investigação como uma das filiais que recebem o faturamento da Apple nos Estados Unidos, é uma empresa de fachada. A Apple alega que a unidade irlandesa foi criada para adminstrar o fluxo global de fundos da companhia, e que as atividades irlandesas não rebaixaram os impostos pagos pela Apple nos Estados Unidos.

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As críticas à Apple superaram a rivalidade entre os dois principais partidos do país. Para o senador republicano John McCain, “a Apple diz que é a empresa que mais paga impostos, mas pelo tamanho de suas operações, é a companhia que mais sonega no país”, afirmou ele, também ao Financial Times. “Uma empresa que conseguiu um sucesso singular, por conta das oportunidades oferecidas pela nossa economia, não deveria mandar seus lucros para fora e prejudicar o povo americano”, disse o senador.

A Apple será a terceira grande empresa de tecnologia a passar por um interrogatório do Senado – a Microsoft e a Hewlett-Packard também foram investigadas pelos parlamentares. O motivo é o mesmo em todos os casos: problemas com o Leão. Na Inglaterra, a Amazon também será interrogada por, supostamente, pagar poucos impostos.

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