Prejuízos da LLX e MMX pioram no 2º trimestre
Enquanto o braço de logística do grupo de Eike Batista registrou perdas de R$ 73,6 milhões, a mineradora MMX teve prejuízo de R$ 441,5 milhões
Acompanhando o mau desempenho das outras companhias do grupo EBX, o braço de logística da holding de Eike Batista, a LLX, encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 73,6 milhões de reais, ampliando resultado negativo de 6,89 milhões registrado um ano antes.
A divulgação do resultado vem um dia após ter anunciado que Eike acordou com a norte-americana EIG Management a venda do controle da companhia por 1,3 bilhão de reais.
Em seu balanço, a LLX aumentou o orçamento de investimento na unidade Minas-Rio de 974 milhões para 1,74 bilhão de reais. Dessa diferença de valores, a LLX vai entrar com 390 milhões de reais. O projeto é tocado em parceria com a Anglo American.
A empresa, cujo principal ativo está sendo construído no Rio de Janeiro, o Porto do Açu, registrou receita líquida de 14,27 milhões de reais no segundo trimestre, queda ante os 17,8 milhões faturados um ano antes.
As despesas administrativas recuaram de 41,89 para 30,68 milhões de reais no período e a companhia encerrou o trimestre com caixa de 326 milhões de reais, com financiamentos de 2,2 bilhões de reais.
Leia mais:
Empresas de Eike ampliam perdas no segundo trimestre
Dívida faz OGX contratar consultoria da Blackstone, diz agência
No caso da mineradora MMX, do mesmo grupo, houve aumento de 13% das perdas no segundo trimestre deste ano em relação ao ano passado – a companhia amargurou um prejuízo de 441,5 milhões de reais.
“Constatou-se que o valor contábil dos ativos do Sistema Corumbá é inferior ao valor presente do fluxo de caixa descontado para esta unidade, levando a administração à decisão do reconhecimento de uma perda por redução ao valor recuperável dos ativos”, explicou o diretor-presidente da empresa, Carlos Gonzalez, em comunicado ao mercado.
O resultado financeiro líquido da MMX foi 345,0 milhões de reais negativos, enquanto a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu mais de 5 vezes na mesma base de comparação, para 41,4 milhões de reais.
A companhia informou que vendeu 1,73 milhão de toneladas de minério de ferro, crescimento de 2% sobre um ano antes e de 28% na comparação com o primeiro trimestre. A dívida líquida teve alta anual de 41%, para 2,64 bilhões de reais.
Porto – A MMX investiu 351 milhões de reais no segundo trimestre, sendo 242 milhões no Porto do Sudeste, projeto estratégico para melhorar sua geração de caixa, e 109 milhões para a expansão da Unidade Serra Azul.
A empresa já admitiu que está avaliando “oportunidades de negócios”, incluindo a venda de ações do controlador da companhia e ativos para investidores nacionais e estrangeiros. O Porto do Sudeste é considerado pelo mercado como um dos ativos mais atrativos entre todos os detidos pelas empresas do Grupo EBX.
(com agência Reuters)