Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Petrobras diz ter sido “impraticável” precisar cada uma das perdas

Estatal adotou, além do ajuste por valor justo dos ativos, uma segunda metodologia, de 3% sobre o valor de contratos alvo da Operação Lava Jato

Por Da Redação
23 abr 2015, 13h41

A Petrobras detalhou, em notas explicativas do balanço de 2014, que foi “impraticável” identificar a data e o montante exatos das perdas adicionais impostas por fornecedores e empreiteiras à companhia no âmbito da Operação Lava Jato. A estatal pondera que os depoimentos identificaram apenas as empresas e não todos os contratos, além de não especificar os períodos em que os pagamentos que incorporaram os gastos adicionais foram feitos.

“Como a companhia não consegue identificar o montante de gastos adicionais incluídos em cada pagamento no âmbito dos contratos de fornecimento ou o período específico em que os gastos adicionais ocorreram, não é possível determinar o período em que o ativo imobilizado deveria ser ajustado”, justificou a empresa.

No total, a Petrobras informou perdas de 50,8 bilhões de reais no ano passado. Desse montante, a maioria se refere à reavaliação no valor dos ativos (impairment), calculada em 44,34 bilhões de reais. E outra parte, de 6,2 bilhões de reais, diz respeito, especificamente, a perdas com corrupção. Neste caso, a estatal a companhia aplicou o porcentual de 3% de propina sobre todos os pagamentos feitos em 31 contratos firmados por 27 empresas, entre 2004 e 2012.

A Petrobras voltou a informar que dois escritórios de advocacia conduzem uma investigação interna independente, sob direção do Comitê Especial, mas pontuou que provavelmente terá duração superior a um ano e, por isso, não será possível identificar informações quantitativas para embasar as demonstrações financeiras.

Leia mais:

​Petrobras não pagará dividendos referentes a 2014

Continua após a publicidade

A Petrobras e o conto da vítima

Petrobras receberá R$ 18 mi em indenização por desvios em Abreu e Lima

Fertilizantes – Ainda nas notas explicativas, a Petrobras informou que excluiu a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III, conhecida como UFN III, do teste de impairment (reavaliação no valor de ativos), realizado para determinar o valor recuperável dos ativos ao final de 2014.

As obras para a construção da fábrica de amônia e ureia, localizada em Três Lagoas, foram interrompidas ainda no final de 2014, e, na sequência, a Petrobras informou a rescisão de contrato com o consórcio responsável pelo projeto ao alegar descumprimento do contrato. O Consórcio UFN3 é formado pela chinesa Sinopec e pela Galvão Engenharia, empresa investigada na Lava Jato.

O projeto é avaliado em mais de 3 bilhões de reais e prevê a produção anual de 1,2 milhão de toneladas de ureia e mais de 700 mil toneladas de amônia. Porém, neste momento, a Petrobras decidiu rever o andamento das obras. “Posteriormente a esta paralisação, a companhia optou por reavaliar seu cronograma de implantação, postergando as ações necessárias à contratação de nova empresa para execução do escopo remanescente, enquanto perdurarem as medidas de preservação do caixa”, informou a empresa.

Continua após a publicidade

Leia ainda:

Ações da Petrobras despencam após divulgação do balanço

Crise da Petrobras não termina com divulgação de balanço, dizem analistas

Governo – A divulgação do resultado da Petrobras foi considerada “um alívio” para o governo. Ele acredita que o mercado verá a empresa com transparência, retomando a credibilidade, que foi atingida pelas denúncias de corrupção, permitindo que a petroleira volte a focar seus esforços na produção e nos investimentos. Segundo um assessor do Planalto, “o balanço é a superação de uma fase” e, com a publicação do dados, agora, “a Petrobrás têm todas as condições de retomar seus projetos”.

(Da redação)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.