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Na ‘Oscar Freire argentina’, loja de luxo dará lugar a supermercado chinês

Na famosa Avenida Alvear, o prédio da loja Escada será transformado em supermercado popular da família Lin

Por Da Redação
20 nov 2012, 18h16

A famosa Avenida Alvear – o equivalente em Buenos Aires à Rua Oscar Freire em São Paulo por suas lojas de luxo – já começa a se transformar na esteira dos efeitos da crise argentina. Depois que diversas marcas de alta costura, impossibilitadas de transferir seus lucros em dólar a suas matrizes, deixaram o país ao longo de 2012, os espaços vagos deverão ser ocupados por empresas bem menos luxuosas. O prédio da marca alemã Escada, por exemplo, será ocupado por uma rede de supermercados chinesa, segundo informações do jornal ‘Clarín’.

Em reportagem publicada nesta terça-feira, o jornal afirmou que a família Lin – dona de quatro supermercados na capital argentina – instalará sua quinta unidade no número 1 444 da Avenida Alvear, a poucos metros do Jockey Club portenho. O preço do aluguel, segundo o jornal, chega a 10 mil dólares. O valor é considerado alto pelos Lin, mas não os impediu de tentar negociar. Ainda que não tenham fechado negócio até o momento, os proprietários do prédio sabem que será difícil encontrar uma empresa disposta a pagar valor semelhante em um cenário de crise e falta de dólares no mercado.

O Clarín aponta que não há restrição legal que impeça a instalação do supermercado chinês no endereço de luxo. Mas, quem não está gostando nada da negociação é a vizinhança. A reportagem conversou com moradores que se mostraram contrários a carga e descarga constante de caixas de mantimentos nas calçadas da rua.

Enquanto o número de estabelecimentos chineses não para de aumentar em Buenos Aires, marcas como Escada, Calvin Klein, YSL, Kenzo e Louis Vuitton deixaram o país. Além do ambiente de crise e das medidas protecionistas aplicadas pelo governo, as marcas estrangeiras enfrentam dificuldade para repatriar seus lucros para suas matrizes porque a presidente Cristina Kirchner insiste em reter dólares no país. O problema afeta todas as empresas estrangeiras que estão na Argentina, inclusive as brasileiras. Segundo a coluna Radar On-line, a própria Ambev, que é dona da popularíssima Quilmes, não tem conseguido repatriar recursos.

No caso das companhias chinesas, a expansão ocorre porque, na maioria dos casos, são empreendimentos criados na Argentina por imigrantes que chegaram nas últimas décadas – e não multinacionais. Desta forma, não há obrigatoriedade de repatriação de lucro. Segundo a reportagem, a embaixada argentina, inclusive, tem dificultado a emissão de vistos para chineses desde que Cristina assumiu o poder.

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