Governo Dilma criou 2 milhões de empregos, diz Lupi
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, avalia que o país registrará em 2012 o pleno emprego – desemprego próximo de 5%
O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, informou nesta segunda-feira que o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro, que será divulgado nesta semana, deve apontar para a criação de cerca de 2 milhões de vagas de trabalho com carteira assinada nos primeiros nove meses de governo da presidente Dilma Rousseff.
No início do mês, ele já havia admitido que o ritmo de criação de emprego no país perdeu parte do ritmo verificado no ano anterior. Com isso, reduziu sua projeção para 2011 de 3 milhões para 2,7 milhões de novos postos de trabalho formais,o que é ainda considerado positivo pelo ministro. No ano passado, foram gerados 2,52 milhões de empregos.
Setembro – Segundo o ministro, setembro deve fechar com a criação de no mínimo 180 mil postos de trabalho formais – número próximo ao verificado em agosto, quando foram registradas 190.446 novas vagas. “Vamos terminar o ano com desemprego abaixo de 6%. Em 2012, devemos chegar ao pleno emprego (taxa de desemprego próxima de 5%)”, acrescentou.
Os dados do Caged relativos a agosto, os mais recentes, mostraram uma queda em comparação ao mesmo mês dos anos de 2008, 2009 e 2010, quando haviam ficado em um nível acima dos 200 mil empregos criados. Para Lupi, no entanto, não há uma diminuição dos níveis de emprego no país. “Vejo comportamentos diferentes em situações diferentes”, afirmou. Na avaliação dele, os números mais fracos estão relacionados ao setor industrial, que sofre com a concorrência estrangeira e o câmbio. Por outro lado, produtos agrícolas e commodities permanecem com a demanda aquecida. “Produtos com maior valor agregado têm menor demanda, enquanto os de menor valor agregado continuam com encomendas em alta, como alimentos, grãos, carnes e minérios de todo o tipo.”
Apesar de citar a concorrência com produtos importados, o ministro descartou um processo de desindustrialização no Brasil, como diagnosticam alguns empresários. “Não acredito em desindustrialização, e sim que nós ainda não conseguimos estar no nível da concorrência internacional nos produtos de maior valor agregado”, argumentou.
(com Agência Estado)