Juiz aprova recuperação judicial de parceira da Petrobras
Investigada na Operação Lava Jato, Alumini culpa estatal por dificuldade financeira e alega ter mais de R$ 1,2 bi a receber por serviços já executados
A Justiça acatou nesta terça-feira o pedido de recuperação judicial da Alumini, empresa de engenharia com contratos pendentes com a Petrobras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. A empresa culpa a estatal pela dificuldade financeira e alega ter mais de 1,2 bilhão de reais a receber por serviços já executados à Petrobras. A Alumini é a primeira empreiteira citada na Operação Lava Jato que entra em recuperação judicial.
Com a decisão do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, foram suspensas as ações de execução de dívidas e também as ações trabalhistas movidas contra a empresa em Pernambuco, em função da demissão de mais de 4.000 trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima.
A medida também permite o desbloqueio das contas da empresa, ocorrido em dezembro por decisão da Justiça do Trabalho de Pernambuco. Após a liberação, a Alumini deverá prestar contas dos valores desbloqueados e da destinação dada aos recursos. A partir de agora, a empresa terá 60 dias para submeter o plano de recuperação aos credores.
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(Com Estadão Conteúdo)