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Grécia encontra dificuldades para chegar a acordo com credores

País enfrenta incertezas nas negociações para liberar auxílio financeiro depois que o FMI considerou insuficiente o aumento de impostos proposto pelo governo grego

Por Da Redação
Atualizado em 5 jun 2024, 00h53 - Publicado em 24 jun 2015, 18h50

As negociações para evitar um calote da dívida grega não avançaram nesta quarta-feira e ministros das Finanças da zona do euro acusaram a Grécia de não querer se comprometer, apesar do prazo da próxima semana que pode colocar o país rumo à saída do euro. A Grécia e seus sócios da zona do euro tentam fechar um acordo de reformas e ajustes. O objetivo é desbloquear uma parcela de 7,2 bilhões de euros de que Atenas precisa para evitar a moratória no dia 30 de junho, quando deve pagar ao FMI cerca de 1,5 bilhão de euros. Líderes da União Europeia (UE) devem voltar a se reunir na quinta-feira.

Nesta quarta-feira, credores internacionais exigiram mudanças nas propostas de reforma e tributação apresentadas pelo primeiro-ministro grego, criando novas incertezas nas negociações para liberar auxílio financeiro e evitar o calote grego na semana que vem. Tsipras passou toda a tarde em reunião com os líderes da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e com ministros das Finanças da zona do euro, mas autoridades disseram que não houve avanço.

“Infelizmente, nós ainda não chegamos a um acordo, mas estamos determinados a continuar trabalhando, este trabalho vai avançar durante a noite, se necessário”, disse a jornalistas o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Ministros mostraram irritação por serem chamados para Bruxelas novamente apenas para esperar enquanto Atenas, o elo mais fraco dos 19 países que usam o euro, resistia a medidas sugeridas por seus credores como essenciais para equilibrar suas finanças públicas.

Entre os pontos que bloqueia o acordo é a insistência da Grécia em obter a reestruturação da dívida em mãos do Banco Central Europeu (BCE), pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade, o fundo de resgate da zona do euro. Isso permitiria obter juros e condições mais interessantes, segundo o ministro austríaco Hans-Jörg Schelling. “Para muitos países, é um terceiro programa (de assistência) disfarçado”, ressaltou.

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Antes da reunião de autoridades de Finanças, o ministro alemão Wolfgang Schaeuble afirmou que os preparativos para buscar o acordo não são suficientes para que os envolvidos chegem a um acordo. Antes de deixar Atenas, Tsipras criticou a posição de “certos” credores – um golpe ao FMI – classificando-a de estranha por rejeitarem medidas fiscais que Atenas apresentou para diminuir o déficit orçamentário. “Essa atitude estranha parece indicar que ou não há interesse em um acordo ou que interesses especiais estão sendo tratadosa”, disse Tsipras em sua conta no Twitter.

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A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, detalhou suas objeções à proposta gregas de aumentar impostos para reduzir um enorme déficit orçamentário em uma entrevista divulgada nesta quarta-feira. Segundo ela, não há garantias de que o aumento proposto ajude a combater o déficit. “Não se pode construir um programa apenas sobre a promessa de maior arrecadação, como ouvimos nos últimos cinco anos com muito pouco resultado”, disse ela à revista francesa Challenges.

Uma autoridade da UE a insistiu que as conversas não haviam entrado em colapso e disse que a troca de propostas faz parte da negociação. Mas uma autoridade grega afirmou que o documento de cinco páginas dos credores – cheio de palavras riscadas e sublinhadas em vermelho – difere pouco da oferta inicial de 3 de junho e leva pouco em consideração as propostas de Atenas.

(Com agência Reuters)

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