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Gasto administrativo do governo cai 7,5% até agosto

Recuo já desconta a inflação do período, segundo o Ministério do Planejamento; maior corte foi com diárias e passagens

Por Da Redação
28 set 2015, 19h08

As despesas administrativas do governo somaram 14,17 bilhões de reais entre janeiro e agosto, montante 7,5% menor em termos reais (descontada a inflação) que o registrado no mesmo período de 2014, segundo dados apresentados pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

O Boletim de Despesas de Custeio Administrativo, apresentado pelo ministro, é dividido em sete itens. Entre eles, apenas dois cresceram em termos reais entre 2014 e 2015. Energia elétrica, com aumento real de 34,5%, foi o que mais subiu. A maior queda foi registrada em desembolsos com diárias e passagens, que tiveram recuo real de 35,5%. O ministro ressaltou que, no ano passado, houve grande deslocamento de servidores por causa da Copa do Mundo. Além disso, neste ano o governo adotou um sistema de compra centralizada de passagens aéreas, que representou economia de recursos para o governo federal.

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Barbosa afirmou ainda que, se a despesa com energia elétrica for excluída, o gasto com custeio está praticamente estável em termos nominais, e, termos reais, a queda até agosto é de 9,7%. “Isso é parte do esforço de melhorar a eficiência do gasto público”, disse. De acordo com o balanço, 40% dos gastos de custeio administrativo é com prestação de serviços de apoio, seguido de material de consumo, com 17% de participação.

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O ministro afirmou ainda que o gasto de custeio administrativo até agosto, considerando os últimos 12 meses, soma R$ 33,71 bilhões, valor menor do que o registrado em 2010, quando foi de R$ 34,42 bilhões, já descontada a inflação. Em percentual do produto interno bruto, os desembolsos com custeio administrativo em 2015 representam 0,56% do PIB – em 2010, esse peso foi de 0,64%.

Boletim renovado – Os dados apresentados por Barbosa são do novo informe dos gastos de custeio administrativo do governo federal. O trabalho, que será apresentado trimestralmente, tem como objetivo mostrar o custo da máquina pública e a evolução nos últimos anos.

Na primeira apresentação, o ministro ressaltou que, em 2014, apenas 3% do gasto primário é referente ao custeio administrativo. Barbosa afirmou que pretende apresentar uma análise mais detalhada de gasto com pessoal nas próximas semanas.

O secretário-executivo do Planejamento, Dyogo Oliveira, lembrou que o governo adotou, em 2015, a compra centralizada de serviços como telefonia móvel, ativos de rede e imagens orbitais. “Estamos reduzindo em 50% o gasto com telefonia móvel”, afirmou.

Outra mudança feita pelo governo federal foi a não utilização das agências de viagens por ministério. “Agora, fazemos contato direto com as companhias aéreas”, ressaltou o secretário. Ainda segundo ele, há uma implementação de instrumentos de gestão mais modernos, como o sistema eletrônico de informações.

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Reequilíbrio – Barbosa disse que o reequilíbrio fiscal brasileiro passa por controle de gastos com pessoal e Previdência Social. Ele acrescentou que o governo vem negociando com servidores públicos um reajuste dentro do que acha possível e discute mudanças na Previdência.

O ministro lembrou que a previsão do governo é economizar R$ 200 milhões com a redução de ministérios e racionalização de estrutura administrativa. Ele rebateu críticas ao ajuste fiscal do governo. “Estamos em um momento de inflação elevada e déficit primário, não é adequado medida de estímulo. Precisamos controlar a inflação e recuperar o resultado primário”, completou.

Sobre um eventual rebaixamento da nota de crédito do Brasil, ainda que sem perder o status de grau de investimento na escala da agência de classificação de risco Fitch, Barbosa espera que as medidas anunciadas até agora sejam suficientes “para manter uma boa avaliação da nota de crédito do Brasil”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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