FMI diz não estar pronto para novo resgate para a Grécia

Apesar de o país ter aprovado medidas de austeridade fiscal, a nova chefe do FMI, Christine Lagarde, reclama que o governo grego tem que fazer mais

Por Da Redação
12 jul 2011, 11h49

Em protesto contra as medidas do governo, atenienses estão acampados na frente do Parlamento (Milos Bicanski/Getty Images/VEJA)

A Grécia precisa encontrar uma solução até 14 de setembro, porque no dia 15 está previsto o pagamento de mais uma parcela pela União Europeia e pelo FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e seus sócios europeus ainda não estão prontos para discutir os termos de um segundo resgate para a Grécia, disse na terça-feira a nova diretora-gerente da entidade, Christine Lagarde. Em um encontro com jornalistas, Lagarde reconheceu o esforço que a Grécia fez para sanar sua dívida, mas afirmou que ainda não foi o suficiente. Ela pediu que o país trabalhe ainda mais para enfrentar sua crise.

“Na minha visão, não estamos na etapa de discutir condições ou termos, extensão ou volume”, disse Lagarde. As declarações foram feitas no mesmo dia em que os ministros das Finanças europeus se reuniram em Bruxelas, na Bélgica, pelo segundo dia, para tentar lutar contra os riscos de contágio da crise da dívida na Europa.

Prazo – A Grécia precisa encontrar até 14 de setembro uma solução global e sustentável para o problema de sua dívida com os países credores da União Europeia (UE), advertiu uma fonte do governo de Atenas.

“Queremos que as discussões sejam concluídas até 14 de setembro, porque no dia 15 deste mês está previsto o pagamento da sexta parcela do empréstimo de 110 bilhões de euros concedido em maio de 2010 pela zona euro e o FMI”, disse a fonte.

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Os ministros das Finanças da zona euro debateram sete ou oito soluções possíveis para o segundo plano de resgate para a Grécia, principal ponto fraco da zona euro.

‘Default parcial’ – Nesta terça-feira, o ministro das Finanças holandês, Jan Kees de Jager, mencionou a hipótese de um default (calote) parcial da Grécia, cenário descartado até agora pelo Banco Central Europeu e pelo governo grego, que não quer ouvir falar da possibilidade nem de uma eventual saída do euro.

Outra solução para a Grécia poderia ser comprar ela mesma suas próprias obrigações com o dinheiro do segundo empréstimo dos credores, afirmou a fonte governamental. “Cumprimos com nosso dever”, ressaltou a fonte, em referência à votação de 30 de junho no Parlamento, que aprovou outro pacote de austeridade adicional para manter e ampliar seu apoio financeiro.

(Com agências France-Presse, EFE e Reuters)