Eike admite que tenta negociar mineradora
MMX, braço de mineração do grupo, informou que avalia oportunidades de negócio, entre venda de ativos e de ações detidas por Eike
Com o tempo muito curto para reestruturar o capital das empresas do grupo X, o empresário Eike Batista já põe algumas de seus ativos à venda. Na segunda-feira, em fato relevante, a MMX informou que avalia oportunidades de negócio, incluindo a venda de ações detidas pelo seu acionista controlador, assim como a de ativos. Há 15 dias, Eike vendeu 2,2% da sua participação na OGX. Antes disso, a E.ON adquiriu quase 24,5% de Eike na MPX Energia. Há duas semanas circulam rumores sobre a possibilidade de venda do porto Sudeste, da MMX, considerado como o melhor ativo da mineradora, cuja interessada seria a Glencore.
O império de Eike desmorona ao passo que aumenta a falta de confiança do mercado em suas promessas, ações despencam, metas não são cumpridas e aumentam os ruídos em relação à saúde financeira de suas seis companhias listadas em bolsa. De um lado, ele negocia a venda de ativos e, de outro, reduz sua exposição nas empresas, levantando novas dúvidas em relação ao futuro das companhias.
A notícia de que Eike vendeu 2,2% na OGX foi a propulsora de uma falta de confiança no pagamento das obrigações: os títulos de dívida no exterior de longo prazo chegam a níveis técnicos que embutem percepção de reestruturação ou calote. O quadro se agravou com os rumores sobre a reestruturação da dívida de companhias do grupo EBX e o rebaixamento, pela agência de classificação de risco Fitch, da perspectiva do rating da OGX para a categoria C, que indica a possibilidade de não honrar suas dívidas.
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