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Dólar tem nova alta e fecha a R$ 3,98, seu maior patamar desde 2002

Valor de fechamento é o segundo maior do real, marca que havia sido atingida na sexta-feira

Por Da Redação
21 set 2015, 17h28

Nesta segunda-feira, o dólar subiu 0,57% e fechou valendo 3,980 reais, sua segunda maior cotação de fechamento desde a criação do real. A primeira foi alcançada no dia 10 de outubro de 2002, quando a divisa bateu os 3,990 reais. A nova alta acontece após a moeda americana subir quase 2% na sexta-feira, e fechar a R$ 3,96, o segundo maior patamar da moeda até então, em um momento de crescentes preocupações com o cenário político e econômico do país.

Os investidores têm optado pela cautela diante das incertezas sobre a aprovação do plano fiscal pelo Congresso e o aumento dos rumores de que uma segunda agência de classificação de risco siga a Standard and Poor’s e rebaixe a nota de crédito do país.

A alta desta segunda ocorreu mesmo depois da intervenção do Banco Central. Na máxima do dia, por volta das 15 horas, o dólar chegou a ser cotado a 3,997 reais. Na mínima, pela manhã, a divisa foi a 3,948. Nas últimas três sessões, o dólar acumulou alta de 3,83% contra o real.

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“As incertezas políticas e o temor de perder o grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco pressionam muito o câmbio, e não há perspectiva de melhora no curto prazo”, avaliou o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.

O mercado vem adotando estratégias mais defensivas, com medo de que o Congresso possa derrubar nesta semana vetos da Presidência a medidas que aumentam os gastos, dificultando o ajuste fiscal. Essas preocupações foram parcialmente minimizadas nesta tarde após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, dizer que derrubar o veto sobre o reajuste salarial dos servidores do Judiciário seria “colocar mais gasolina na fogueira”. Caso o veto seja retirado, as contas públicas do país sangrarão ainda mais no momento em que o governo tenta reequilibrá-las.

O Planalto deve enviar ainda hoje para o Congresso a proposta de ajuste, dependente, em boa medida, da recriação da CPMF, que tem grande rejeição entre os parlamentares. A Fazenda defende que o imposto tenha alíquota de 0,20% e vigore por quatro anos.

“Não esperamos qualquer choque positivo à confiança ou reversão da situação de baixo crescimento e baixa confiança dos investidores”, escreveu a estrategista para a América Latina do banco Jefferies, Siobhan Morden, em nota a clientes.

Na cena externa, avaliações de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode elevar os juros ainda neste ano corroboraram o avanço do dólar. Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países emergentes, como o Brasil.

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A alta do dólar aconteceu mesmo após o Banco Central fazer uma intervenção no mercado de câmbio. A autoridade monetária ofertou dólar com data de recompra em 4 de abril de 2016 e em 5 de julho de 2016. Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não é para rolagem de uma linha já existente. Trata-se da quarta intervenção desse tipo desde 31 de agosto.

“A intervenção do BC ajuda, mas não faz milagre”, disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que acredita que a moeda norte-americana deve atingir o recorde de 4 reais no curtíssimo prazo.

Com os operadores preocupados com o cenário doméstico, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda nesta segunda-feira. Após oscilar pela manhã, o principal índice da bolsa, o Ibovespa, caiu 1,43%, a 46.590 pontos, puxado pela desvalorização das ações das companhias Oi e Gol.

(Da redação)

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