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Dólar tem maior alta em quase 2 meses e alcança R$ 3,22

Avanço reflete preocupações com a situação fiscal do país e expectativas de juros mais altos nos EUA ainda neste ano

Por Da Redação
22 jul 2015, 18h05

Em sintonia com o exterior, o dólar fechou com a maior alta percentual frente ao real em quase dois meses nesta quarta-feira. A moeda americana teve valorização de 1,65% a 3,22 reais na venda, o maior avanço desde 26 de maio, quando subiu 1,68%. O movimento reflete preocupações com a situação fiscal do governo brasileiro e expectativas de juros mais altos nos Estados Unidos ainda neste ano.

No âmbito dométisco, as atenções do mercado se voltaram para a expectativa de anúncio de uma nova meta de superávit primário para este ano, pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, nesta tarde, Duas fontes do governo afirmaram à Reuters que a meta fiscal este ano será reduzida de 1,1% para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB). Uma das fontes disse que o objetivo para 2016 também será reduzido.

“Uma redução muito significativa na meta pode alertar as agências (de classificação de risco) de que a situação no Brasil vai demorar muito mais para melhorar”, disse o operador Glauber Romano, da corretora Intercam.

A grande preocupação do mercado é que o Brasil, por conta da deterioração das contas públicas, venha a perder o cobiçado grau de investimento pelas agências de classificação de risco. “A chance de perder o grau de investimento assusta muita gente, principalmente estrangeiros. Se parecer que o Brasil está caminhando para isso, o mercado vai piorar significativamente”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

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O mercado já precificou a possibilidade de a agência Moody’s de cortar o rating soberano brasileiro para o último patamar dentro do grau de investimento, depois de recente missão da agência ao país, mas teme que a agência atribua perspectiva negativa para a nota.

No mercado internacional, o dólar também se fortalecia em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano, dando continuidade à escalada das últimas semanas em meio a expectativas de que os juros nos EUA devem subir ainda neste ano. O aperto monetário na maior economia do mundo pode atrair para lá recursos aplicados em outros países, como o Brasil.

Leia mais:

Dilma diz que Brasil está em um ano de “travessia”

Meta fiscal deve passar de 1,1% para 0,15% do PIB

Bovespa – No mercado de ações, a Bovespa fechou em queda de 1% e abaixo dos 51 mil pontos pela primeira vez desde março, com agentes financeiros apreensivos acerca de um esperado “drástico” corte na meta fiscal do governo.

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(Com agência Reuters)

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