Dólar dá um respiro e fecha ‘apenas’ a R$ 2,82
A moeda americana recuou 1,85% ante real após bater máximas em 10 anos nas últimas sessões
O dólar fechou em queda de 1,85% ante o real nesta quinta-feira, dando um respiro após a escalada das últimas sessões, em que a moeda americana renovou sua máxima em dez anos. A cotação ficou em 2,82 reais na venda, após alcançar 2,81 reais na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 1 bilhão de dólares.
Números fracos sobre os gastos dos consumidores nos Estados Unidos, novos estímulos econômicos na Suécia e um acordo de cessar-fogo na Ucrânia acabaram puxando a divisa para baixo. Além disso, por ter subido bastante na última semana, os investidores estão mais cautelosos, tentando avaliar se a divisa encontrará forças para retomar o avanço nas próximas sessões.
Apesar da oscilação do dólar no mercado internacional, investidores continuam reticentes em relação ao Brasil e precificam, desde o início do ano, as turbulências econômicas que atingem o país. Segundo o jornal Financial Times, a queda acentuada do dólar nos últimos dias também é decorrente das dificuldades políticas que a presidente Dilma tem enfrentado, em especial a derrota na Câmara dos Deputados, em que o vencedor para presidir a casa é Eduardo Cunha (PMDB).
Casas de câmbio consultadas pelo site de VEJA chegaram a vender a moeda a mais de 3,22 reais nesta quinta-feira.
Leia mais:
Escalada do dólar leva moeda a R$ 2,87 – novo recorde em dez anos
Brasileiro repensa plano de férias por causa do câmbio
Dólar já é vendido por até R$ 3,22 em casas de câmbio
Bolsa – O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, fechou o pregão em alta de 2,68%, a 49.532 pontos. Entre as maiores valorizações do dia estão as educacionais Kroton e Estácio, que subiram 14,48% e 14,31%, respectivamente. Petrobras ON também avançou 5,88%, enquanto a PN subiu 5,20%. Na outra ponta, os papéis Usiminas, Natura e CSN lideraram as perdas, com quedas de 7,58%, 6,86% e 4,74%.