Confiança do comércio renova mínima histórica em fevereiro
Índice de Confiança do Empresário do Comércio caiu pela sétima vez seguida, a 100,6 pontos, segundo dados da confederação que representa o setor
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) renovou o piso histórico em fevereiro, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, serviços e Turismo (CNC). O índice recuou 2,5% na comparação com janeiro, já descontados efeitos sazonais, atingindo 100,6 pontos. Na comparação com fevereiro de 2014, o Icec recuou 14,6%.
Além de registrar a sétima queda consecutiva, o resultado mostra a confiança dos empresários mais próxima da zona negativa, abaixo de 100 pontos. Ao todo, oito dos nove componentes que medem a confiança dos empresários chegaram ao seu menor patamar na série, iniciada em março de 2011, incluindo as avaliações sobre a economia, as expectativas para o setor e a previsão de investimentos.
Leia mais:
Confiança do setor de serviços em fevereiro é a menor da história
Setor de serviços tem o menor crescimento em 2014
Confiança da indústria sobe 1,9% em janeiro, diz FGV
A avaliação do setor com relação às condições correntes da economia foi o que mais pesou para este resultado. No mês passado, quatro em cada cinco empresários do setor (79,8%) consideraram que a economia piorou. “A menor expectativa em relação ao crescimento real da receita do setor, a elevação dos gastos a partir dos reajustes de tarifas públicas e o encarecimento do crédito deverão levar os empresários a ações mais cautelosas ao longo do ano”, afirmou o economista da CNC Fabio Bentes, em nota.
A expectativa da CNC para a criação de vagas no varejo em 2015 aponta para a geração de 110 mil postos de trabalho no setor, 23% a menos do que o total de vagas geradas no ano passado (144 mil).
A desaceleração do mercado de trabalho, o encarecimento do crédito e a inflação ainda elevada levaram a CNC a revisar a previsão de vendas do crescimento do volume de vendas de 2,4% para 1,7% ao final de 2015. Confirmada a projeção, esse seria o pior resultado dos últimos 12 anos. Em 2003, o volume de vendas do varejo caiu 3,7%.
(Com Estadão Conteúdo)