O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,9% em janeiro ante dezembro, passando de 84,3 para 85,9 pontos, informou nesta quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). A elevação mensal do ICI se deve à melhora das avaliações dos empresários tanto em relação ao presente quanto ao futuro. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 2,1%, para 85,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) avançou 1,8%, para 86,1 pontos.

A maior contribuição para a alta do ISA veio do item que sinaliza o nível de demanda, que subiu 7,3%. Na passagem de dezembro para janeiro, a proporção de empresas que avaliam o nível da demanda como normal atingiu 67,9%, o maior nível desde setembro (69,1%). A parcela de empresas que consideram o nível da demanda forte diminuiu de 7,6% para 7,1%, enquanto a parcela de empresas que consideram o nível da demanda fraco teve queda mais forte, de 31,1% para 25,0%.

Já a principal influência de alta do IE veio do indicador de produção prevista. O componente avançou 8,9% em janeiro ante dezembro, para 119,1 pontos, atingindo o maior nível desde março do ano passado (119,5 pontos). A proporção de empresas que preveem aumentar a produção nos três meses seguintes permaneceu em 32,4%, enquanto a parcela de empresas que esperam reduzir a produção diminuiu de 23% para 13,3%.

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“Embora permaneça extremamente baixo em termos históricos, o ICI consolida-se em patamar superior ao de setembro, o pior momento do ano passado”, disse em nota o Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.. Segundo ele, “as expectativas são ainda incompatíveis com um cenário de recuperação consistente e contínua”. A FGV ainda informou que entre dezembro e janeiro o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,7 ponto porcentual, para 82,0%.

(Com Estadão Conteúdo)