Chevron diz que retomará atividades na Bacia de Campos
Exploração de petróleo recomeçará tão logo a companhia conclua estudo detalhado da área afetada por vazamento em novembro e março
A petroleira norte-americana Chevron informou nesta quinta-feira que retomará as atividades exploratórias no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), assim que terminar um estudo detalhado da área. Desde o primeiro vazamento de petróleo na área, ocorrido em novembro de 2011, as operações estavam suspensas. “Estamos estudando todo o campo para entender os detalhes e retomar as operações”, disse à Agência Brasil o diretor de assuntos corporativos da empresa, Rafael Williamson.
O anúncio ocorreu um dia após a Justiça Federal ter negado pedido de liminar do Ministério Público Federal (MPF) para suspender as atividades da Chevron, bem como da Transocean, na região do acidente. O MP havia requerido a interrupção imediata de “todas as atividades de extração e transporte de petróleo” de ambas as empresas. Pelo descumprimento da medida, a ação proposta pelo MP previa multa diária de 500 milhões de reais. Com a decisão da Justiça, as companhias poderão voltar a atuar na área afetada. Trata-se da segunda decisão favorável às empresas apontadas como responsáveis pelo vazamento de óleo na Bacia de Campos. Em primeira instância, o mesmo pedido havia sido negado.
No acidente de novembro, cerca de 2,4 mil barris de petróleo vazaram na Bacia de Campos. Em março, na tentativa de restabelecer as atividades no local, a Chevron registrou outro vazamento, preocupando os órgãos ambientais. A empresa pode pagar indenizações que, somadas, podem chegar a 20 bilhões de reais. “As ações legais estão fora de proporção. O óleo nunca chegou ao litoral brasileiro, não houve ameaça à atividade humana e as providências foram tomadas”, afirmou Williamson. Na avaliação dele, o valor aventado para a indenização é abusivo.