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Captação no exterior despenca 77%, pressionada por Lava Jato

Emissões de títulos no exterior por empresas brasileiras somaram US$ 6,256 bilhões entre julho e novembro ante US$ 27,751 bilhões entre janeiro e julho

Por Da Redação
22 dez 2014, 12h55

A emissão de títulos no exterior (bonds) por empresas brasileiras despencou no segundo trimestre, prejudicada pela eleição presidencial, pela desaceleração econômica e principalmente pela Operação Lava Jato. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) mostraram que as captações totalizaram 6,256 bilhões de dólares entre julho e novembro, uma forte queda de 77,4% ante 27,751 bilhões de dólares entre janeiro e junho. As informações foram publicadas nesta segunda-feira pelo jornal O Globo.

O recuo foi quase três vezes maior que o observado em outros países emergentes afetados pelo enfraquecimento da economia mundial. De acordo com uma plataforma de dados norte-americana chamada Dealogic que oferece serviços para bancos de investimento, a captação em países em desenvolvimento somou 156,452 bilhões de dólares entre julho e novembro ante 220,531 bilhões de dólares entre janeiro e junho. As emissões de títulos no exterior permitem que as empresas tenham acesso a recursos mais baratos para financiar projetos a médio e longo prazo.

“Eu diria que o mercado de crédito internacional dificultará muito o financiamento das empresa brasileiras para tocar seus investimentos. É lamentável a ausência de gestão, transparência e controles internos de nossas companhias, justo agora que temos um momento extremamente favorável de captação para empresas empresa em outras partes do mundo, por causa do crescimento econômico. Os indicadores mostram que, enquanto alguns países emergentes aumentaram em 10% suas emissão, as empresas brasileiras sofreram com o recuo neste ano”, afirmou ao jornal o economista Fabio Rhein, diretor da Rhein Consultoria.

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Petrobras – Em meio às incertezas econômicas e às denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras e importantes empreiteiras como Odebrecht, Queiroz Galvão e OAS, as expectativas para o ano que vem são ainda piores. A Petrobras afirmou que não emitirá títulos nos exterior em 2015, já que não publicou o resultado do terceiro trimestre. A estatal precisa publicar o balanço financeiro de preferência antes do vencimento de 1,25 bilhão de dólares em bonds em fevereiro. Sem a publicação do balanço financeiro investidores podem cobrar a antecipação dos títulos, provocando aumento da dívida da companhia.

“A operação Lava Jato prejudicou a economia como um todo, já que as empresas envolvidas nos casos de corrupção participam de toda a infraestrutura logística, como portos e aeroportos, além de telecomunicações. As investigações em curso afetaram a percepção dos investidores em relação ao ambiente econômico, institucional e regulatórios. Assim, mesmo com o investidores cobrando mais retorno pelos papéis brasileiros e com prazos menores, eles estão receosos, disse ao Globo Alex Agostini, da Austin Rating.

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