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Calor e crise hídrica elevam preço da garrafinha de água em 17%

Aumento das vendas nos varejistas chega a 30%; purificadores e filtros tiveram alta de até 90%

Por Marília Carrera
13 fev 2015, 06h36

O agravamento da crise hídrica, principalmente no Sudeste, ao longo do ano passado fez com que parte da população passasse a estocar água em suas casas. Com o crescimento da demanda, a tendência foi de aumento dos preços das garrafinhas de águas. Levantamento realizado pelo site de comparação de preços Zoom para o site de VEJA mostra que, das catorze marcas de água mineral pesquisadas, onze tiveram aumento de preço entre julho de 2014 e janeiro de 2015. A elevação média foi de 17,3% nos últimos sete meses.

De acordo com o levantamento, o produto que teve maior aumento de preço foi a água mineral Pedras Salgadas, com gás. Uma garrafinha de 250ml passou de 5,10 reais em julho de 2014 para 7,00 reais em fevereiro de 2015, o que representa um salto de 37%. Entre outros exemplos estão a água mineral Crystal sem gás (1,5 litro) e a água mineral sem gás Bonafont (1,5 litro). Elas passaram de 2,99 reais para 3,50 reais, alta de 17% na mesma base de comparação. O aumento da demanda, segundo o diretor do Zoom, Thiago Flores, pode ser analisado de duas formas. “O calor do verão motivou ainda mais o consumo de água e o temor com a crise hídrica levou as pessoas aos supermercados para estocar água em suas casas”, afirma.

Não à toa as vendas de água também aumentaram em supermercados como Carrefour, Pão de Açúcar e Extra no início deste ano. O Grupo Pão de Açúcar, controlador do Pão de Açúcar e do Extra, informou que as vendas de água no Estado de São Paulo subiram a uma taxa anual 30% em janeiro, sendo que os destaques foram as embalagens acima de 5 litros e os pacotes promocionais. O Carrefour afirmou que, agora, precisa abastecer suas prateleiras diariamente diante do crescimento da procura por água – o que não ocorria no ano passado.

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o estoque de água disponível para abastecer os 20 milhões de habitantes na Grande São Paulo caiu 74%. Em meio ao crescente risco de falta de água, a entidade precisou fechar o registro de 40% da rede de distribuição de água da Grande São Paulo. A manobra é feita manualmente, na rua, por técnicos da empresa em regiões onde não há válvulas redutoras de pressão (VRPs). O nível do sistema Cantareira, principal reservatório de água da cidade, está em apenas 6,7% do nível total.

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Purificadores e filtros – Na esteira das garrafinhas, os preços de purificadores e filtros de água também subiram no início de 2015. O mesmo levantamento realizado pelo site de comparação de preços Zoom apontou que somente nos primeiros dias do ano os valores de catorze purificadores e filtros pesquisados saltaram, em média, 49,5%.

O equipamento com maior aumento de preço foi o purificador de água gelada Electrolux, tendo passado de 360,90 reais em 4 de janeiro para 683,89 reais em 10 de janeiro. A variação equivale a uma forte alta de 90%. Entre outros exemplos está o filtro Lorenzetti Acqua Bella Torneira. Ele subiu de 51,47 reais para 88,10 reais, aumento de 71% na mesma base de comparação. Ainda segundo o levantamento do Zoom, a demanda por filtros e purificadores de água em janeiro subiu 1% na comparação anual e 33,5% na comparação mensal.

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