Após reunião do G8, principais bolsas da UE fecham em alta
Apoio de líderes das maiores potências a medidas pró-crescimento e pesquisas eleitorais gregas devolveram otimismo aos investidores
Bolsas de países da chamada periferia da zona do euro (Espanha, Portugal e Grécia) mostraram desempenho negativo
A maioria das bolsas europeias fechou em alta nesta segunda-feira. As três principais do continente, Frankfurt, Londres e Paris, subiram após comentários feitos no fim de semana por líderes do G8 – o grupo das sete nações mais avançadas do planeta, mais a Rússia – de que é preciso incentivar o crescimento na região. O índice Stoxx Europe 600 teve alta de 0,54%, para 240,17 pontos, após uma queda de 5,2% na semana passada.
Além disso, pesou para o lado positivo o alívio com a Grécia, após pesquisas de opinião mostrarem que os partidos que defendem a permanência do país na zona do euro estão ganhando força para a próxima eleição. Também animaram os mercados as declarações, também neste final de semana, do primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, sobre a necessidade de evitar que a economia do país se desacelere rapidamente, o que alimentou esperanças de que Pequim implemente novas medidas de relaxamento quantitativo.
Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,95%, fechando a 6.331,04 pontos. As ações da MAN subiram 2,8% e da ThyssenKrupp avançaram 2,6%. Os papéis da Merck KGaA também ganharam 2,8% após a companhia receber uma avaliação melhor do UBS.
Em Londres, o índice FTSE registrou alta de 0,70%, para 5.304,48 pontos. As ações do Man Group subiram 4,7% após informar que vai adquirir o Financial Risk Management Holdings. Vedanta Resources avançou 5,2%, Xstrata ganhou 3,1% e Rio Tinto teve alta de 1,2%. Barclays subiu 2,2% e Lloyds Banking Group avançou 1,8%.
O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, registrou elevação de 0,64%, para 3.027,15 pontos. Os papéis da Renault subiram 4,67% após ter seus papéis mais bem avaliados pelo UBS. Os bancos tiveram alta, com Crédit Agricole (+0,53%), Société Générale (+0,47%) e BNP Paribas (+0,21%). ArcelorMittal ganhou 1,97%.
Quedas – Nesta segunda-feira, o ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, disse que dados preliminares dão sinais de um declínio contínuo no Produto Interno Bruto (PIB) do país no segundo trimestre. Durante conferência em Madri, o ministro disse que os dados apontam para uma queda em linha com a registrada no primeiro trimestre, quando o PIB retraiu-se 0,3% em relação ao quarto trimestre de 2011. Guindos também negou que os bancos precisem de qualquer tipo de resgate.
Em Madri, o índice Ibex 35 declinou 0,65%, a 6.524,00 pontos. Os bancos registraram baixa, com Santander (-1,4%) e BBVA (-1,2%). “Esperamos que a volatilidade permaneça até que a situação na Grécia seja resolvida”, disse a corretora Renta4 em uma nota a investidores. Na contramão, as ações do Bankia subiram 0,4% após forte baixa na semana passada.
O índice ASE, da Bolsa de Atenas, caiu 1,01%, aos 544,56 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,28%, para 13.012,04 pontos. Em Portugal, o índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, recuou 0,40%, para 4.742,05 pontos.
(com Agência Estado)