Pilotos encerram mais longa greve da Air France
Paralisação durou catorze dias. Atividades devem ser retomadas na segunda
O sindicato majoritário de pilotos da Air France anunciou neste domingo o fim da greve mais longa da história da companhia francesa, que durou catorze dias. A paralisação afetou 55% dos voos programados. As atividades devem voltar à normalidade a partir de segunda-feira.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, já foi avisado da decisão do Sindicato Nacional de Pilotos de Linha (SNPL) e reiterou suas críticas a uma greve ‘longa demais’ e ‘incompreendida’, que penalizava desde seu início ‘os usuários, a empresa e a economia do país’. De acordo com estimativas da companhia, cada dia de greve correspondeu a uma perda de 15 e 20 milhões de euros.
A greve começou em protesto aos planos da companhia de investir na Transavia, seu braço de baixo custo, e fazer frente à concorrência de outras companhias no segmento, em particular Ryanair, Easyjet e Vueling. Os sindicatos alcançaram vitória parcial: a empresa desistiu de criar bases fora da França e Holanda, com pessoal contratado segundo a legislação mais flexível de outros países europeus.
Em comunicado, Valls pediu a todas as partes da companhia aérea que “reconquistem a confiança de todos e restabeleçam o mais rápido possível seu desenvolvimento, em particular através de sua filial Transavia França, que representa um trunfo inegável no mercado em plena expansão de baixo custo.” O primeiro-ministro fez referência à empresa de baixo custo da Air France, que foi o centro da discórdia deste conflito.
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