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Volta de Lula a Belém tem muita conversa, apelo ao bom senso e pouco resultado

Presidente brasileiro disse sonhar em acabar com guerra da Ucrânia e em convencer Trump de que clima é importante

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 nov 2025, 21h45 - Publicado em 19 nov 2025, 21h25

A presença de Lula em Belém nesta quarta-feira, 19, foi envolta em muita expectativa. Com as negociações em torno das questões climáticas avançando pouco, o governo brasileiro esperava que seu maior representante pudesse destravar impasses e colaborar para a construção de acordos.

Ao final do dia, porém, ele apenas fez um discurso em que refez os mesmos apelos para a necessidade de se tratar o tema com urgência e maior comprometimento.

Lula se reuniu com representantes de países africanos, árabes, latino-americanos, da China, da Índia, da Alemanha, da União Europeia, de pequenos estados insulares, além de lideranças indígenas e cientistas.

Nenhum acordo envolvendo os temas mais polêmicos da COP, como a transferência de recursos das nações ricas para as mais pobres, metas de emissão e a trilha para o abandono definitivo de combustíveis fósseis, no entanto, foi anunciado.

Coube à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, divulgar a boa noticia do dia: a destinação por parte da Alemanha de 1 bilhão de euros para o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre, o TFFF.

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Mostrando muita disposição e em tom de brincadeira, Lula agarrou a lente telescópica  de um fotógrafo e colocou no olho, como se tivesse usando uma luneta.

Em pronunciamento, sem permitir que perguntas fossem feitas, o presidente repisou pontos que já havia tratado anteriormente. Após dizer que trazer a COP para Belém foi uma ousadia, abusou do tom de grandeza e caracterizou o evento na capital paraense como o melhor da história, por ter permitido a participação popular. “É a COP do povo”, decretou, adicionando mais um apelido para a conferência que já tinha chamado “COP da verdade” e “COP da implementação”.

“Os líderes que dirigem os países do mundo hoje precisam compreender que se a gente não tiver um comportamento de acordo com a aspiração do povo, nós estaremos colocando em risco uma coisa chamada democracia, nós estaremos colocando em risco uma coisa chamada multilateralismo, nós estaremos colocando em risco uma coisa chamada credibilidade”.

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Lula disse ainda que era preciso cuidar da existência do planeta Terra. Em claro recado ao mundo desenvolvido, mas sem citar nomes, apelou para uma ação mais efetiva no combate às mudanças climáticas e sinalizou com demandas por soluções financeiras.

“Países ricos precisam ajudar os países pobres e é preciso colocar dinheiro para que as pessoas mantenham a floresta em pé. Nos precisamos convencer as pessoas de que os bancos multilaterais, que cobram uma exorbitância de juros dos países africanos e dos países pobres da América Latina que precisa transformar parte desses ativos em investimento para que a questão da transição energética seja verdadeira”.

O presidente brasileiro ainda tratou do “Mapa do Caminho”, a iniciativa brasileira de fazer com que cada país diga como irá propor um afastamento definitivo das fontes poluidoras de energia. Trata-se da questão mais crucial para o combate ao aquecimento global, que apesar de ter sido definida há dois anos, na COP de Dubai, ficou apenas no plano das intenções até o momento.

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“A gente tem que mostrar para a sociedade que nós queremos, sem impor nada a ninguém, sem determinar o prazo, que cada país tem a função de determinar as coisas que ele pode fazer, dentro do seu tempo, mas que nós estamos falando sério. É preciso que a gente diminua a emissão de gases de efeito estufa”, disse.

Lula, a seu estilo, disse estar confiante. “A tal ponto de sonhar em acabar com a guerra da Ucrânia e de convencer o presidente dos Estados Unidos de que o clima é importante”.

 

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