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Vendas em shoppings sobem em 2021, mas patamar está abaixo do pré-pandemia

Associação que representa o setor apontou alta no faturamento de 23,6% frente ao ano anterior; para este ano, expectativa do mercado é crescer 13,8%

Por Felipe Mendes Atualizado em 12 fev 2022, 00h31 - Publicado em 9 fev 2022, 17h42

O setor de shopping centers obteve um crescimento robusto em 2021. Mesmo com um primeiro semestre difícil por conta do recrudescimento da pandemia de Covid-19 no país, o mercado viu o faturamento crescer 23,6% em relação ao ano anterior. Ao todo, o setor faturou 159,2 bilhões de reais, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers, a Abrasce. Já o número médio de visitantes ao mês foi de 397 milhões, o que representa uma elevação de 16,4% sobre 2020. Embora os números mostrem uma retomada do mercado, os indicadores ainda estão aquém do patamar visto em 2019: na comparação com o último ano sem impacto da pandemia, as vendas recuaram 17,4%.

A projeção da entidade é que as vendas do setor de shopping centers cresçam cerca de 13,8% este ano, o que deve levar o mercado próximo aos números pré-pandêmicos. Segundo Glauco Humai, presidente da Abrasce, o otimismo para 2022 é sustentado pela expectativa de arrefecimento da disseminação do coronavírus no país e de uma rápida resolução do cenário eleitoral no país. “O segundo semestre do ano deve ser melhor que o primeiro, quando há menos datas comemorativas e as pessoas têm mais contas para pagar, como IPTU e IPVA. A gente acredita que no segundo semestre a pandemia vai estar mais controlada, com mais pessoas vacinadas, e o cenário eleitoral deve estar um pouco mais definido, o que tende a acalmar os ânimos do mercado e trazer uma perspectiva mais positiva”, afirma Humai.

O presidente da entidade classifica a deterioração do cenário macroeconômico como o principal fator para o “pé no freio” da retomada do setor, que teve um quarto trimestre aquém do esperado em 2021, apesar de um forte crescimento no Natal (10,7% frente ao mesmo período de 2020). “Houve uma recuperação no inicio do segundo semestre, mas que foi prejudicada pela deterioração dos indicadores macroeconômicos, como o emprego, que não voltou com a força esperada; o crescimento da taxa de juros, que dificulta o acesso ao crédito; e a inflação, que comeu a renda do trabalhador”, diz ele. “Isso impactou o varejo inteiro e nos impactou também porque tivemos que colocar um freio na expansão que a gente estava projetando.”

Em 2021, foram inaugurados cinco shopping centers. Neste ano, a previsão é de 13 novas inaugurações, sendo cinco no Sudeste, três no Nordeste, três no Sul e dois no Centro-Oeste. Em Área Bruta Locável (ABL), essa expansão representa um aumento de 1,5% sobre o ano anterior, com um total de 17,2 milhões de metros quadrados. Humai projeta que a taxa de vacância — os espaços para lojas vagos — no setor fique entre 5% e 6% este ano — esse número chegou a ser de 9,3% no auge da pandemia, em 2020. “A taxa de vacância começou o ano de 2021 em torno de 7,1% e foi caindo mês a mês, até terminar o ano com cerca de 6%, que é um patamar bastante positivo.”

O executivo diz que o avanço da taxa básica de juros, a Selic, tende a impactar mais o bolso dos consumidores do que o acesso a linhas de crédito por parte dos empresários que queiram abrir novas lojas em shoppings. “O aumento da Selic impacta diretamente o consumidor. Foi algo que nós vimos com mais força no quarto trimestre de 2021 e acreditamos que também terá um impacto grande nas vendas ao longo deste ano, quando a taxa de juros deve bater cerca de 12% ou 12,5%”, projeta. Um dos motivos para se comemorar, segundo Humai, foi a retomada das vendas dos segmentos de moda e calçados. “Houve um crescimento muito grande nesse mercado, além do varejo de cosméticos e eletrônicos, que continuaram num patamar muito alto ao longo do ano”, diz.

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