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Vale é a empresa latina que mais perdeu valor de mercado em 2021

O valor da companhia hoje é de 60,5 bilhões de dólares, 25,7 bilhões de dólares menor em comparação ao ano passado, quando valia 86,3 bilhões de dólares

Por Luana Zanobia Atualizado em 2 dez 2021, 13h14 - Publicado em 1 dez 2021, 11h22

Entre as empresas da América Latina e Brasil, a mineradora brasileira Vale foi a empresa que mais perdeu valor de mercado no acumulado deste ano até 29 de novembro, de acordo com o levantamento da consultoria Economatica. O valor da companhia hoje é de 60,5 bilhões de dólares, 25,7 bilhões de dólares menor em comparação ao ano passado, quando a empresa tinha valor de mercado de 86,3 bilhões de dólares. As commodities vivenciaram um “boom” até o início deste ano, o que ajudou a companhia a se reerguer após os acidentes causados em Mariana e Brumadinho (MG). Inclusive, embora seja campeã em perda de valor, a empresa apresentou um dos maiores lucros entre as companhias de capital aberto da América Latina no 3º trimestre de 2021, de 3,7 bilhões de dólares.

Segundo os analistas entrevistados por VEJA, este foi um ano de bastante volatilidade para as commodities. O segmento que vivenciou seu auge até o início do ano, passou a sofrer com as sinalizações vindas da China, principal demandante destes produtos. O minério de ferro é um dos produtos brasileiros mais exportados, e o seu principal destino é a China, seguido de Malásia e Japão.

O controle de preços sobre minério de ferro, cobre, e outras importantes commodities previsto no plano quinquenal (2021-2015) do governo chinês e a desaceleração da economia local, que registrou menor ritmo do PIB no terceiro trimestre, impactaram bastante para os produtores e exportadores global. “A Vale sofreu bastante com as sanções chinesas”, diz Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos.

A companhia vinha recuperando sua imagem no último ano e era vista com bastante otimismo pelos analistas com o “boom” das commodities. No fim do ano passado até o começo deste ano, as ações da Vale tiveram um desempenho muito bom com a elevação dos preços das commodities, dos metais em particular, em função também da vitória do presidente americano Joe Biden, que gerou grandes expectativas devido ao seu grandioso plano de infraestrutura. “Os governos estavam gastando muito com infraestrutura como forma de estimular a economia, parada pela pandemia. Esse cenário positivo perdurou por boa parte do primeiro semestre de 2021, mas perdeu muito fôlego ao longo do ano”, avalia Fernando Siqueira, gestor da Infinity Asset.

Para o especialista, a perda de valor de mercado da Vale também está bastante associada à queda no preço do minério de ferro, que caiu pela metade. Estava em 160 dólares a tonelada no final de 2020 e agora está perto de 80 dólares a tonelada.  “Além disso, os custos de produção aumentaram, o frete aumentou também. Foi um ano ruim para a Vale”, diz.

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As quedas do preço foram reforçadas principalmente pela crise no setor imobiliário chinês e pelas metas de redução das emissões de carbono no país e no restante do globo. “Além disso, os resultados de curto prazo no balanço da empresa com redução do Ebitda e os possíveis riscos de novos rompimentos em barragens aumentam o prêmio de risco da companhia”, diz Everton Medeiros, especialista em renda variável da Valor Investimentos.

Varejo

O ranking também traz grandes empresas de varejo entre as companhias da América Latina que mais perderam valor no acumulado do ano até 29 de novembro. Em segundo lugar do ranking, aparece o e-commerce argentino Mercado Livre, com queda de 22,5 bilhões de dólares, valendo agora 61 bilhões de dólares, e Magazine Luiza, em terceiro lugar, com queda de 21,5 bilhões de dólares, valendo agora 9 bilhões de dólares. No ano passado, a varejista brasileira valia 31 bilhões de dólares. Grupo Natura e Lojas Americanas também aparecem no ranking, na 11ª e 12ª posição, respectivamente.

Entre as dez empresas que mais perderam valor, figuram também Stoneco (4ª), Itaú Unibanco (5ª), B3 (6ª), Bradesco (7ª), PagSeguro (8ª), Santander (9ª), e Rede D’Or (10ª).

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