Uber, Cabify e 99 enviam mensagens a clientes contra lei do setor
Empresas pedem apoio a proposta alternativa de regulamentação do serviço, diferente daquela que deve ser analisada no Senado nesta terça-feira
Os aplicativos de transporte urbano Uber, 99 e Cabify enviaram mensagens aos seus usuários na manhã desta terça-feira contra o proposta de regulamentação do serviço do Congresso e pedindo apoio a uma proposta alternativa. O projeto de lei criado pelos parlamentares tramita no Senado. Os senadores devem analisar nesta terça-feira um pedido para tramitação da matéria em regime de urgência.
A Uber enviou recado por meio do seu aplicativo, em que pede que os usuários assinem um abaixo assinado apoiando uma proposta de lei alternativa, criada em conjunto com as outras empresas do setor. A mensagem contém um documento para ser entregue a um motorista da empresa após assinado. A 99 também enviou mensagem através do aplicativo.
A Cabify enviou e-mail aos seus clientes dizendo que hoje é o “último dia” para se posicionar contra a medida, e pede, além da assinatura, que os usuários votem “não” em enquete no site do Senado sobre a proposta de lei.
As três empresas inciaram na segunda uma campanha contra o projeto 28/2017, que inclui os serviços na lei que regulamenta o transporte urbano no país, já existente. Segundo as entidades, o projeto quer inviabilizar a atuação dos aplicativos de transporte no país.
O problema, de acordo com as empresas, é que a proposta aumenta a burocracia da plataforma e diminui a chance das pessoas gerarem renda ao impor uma série de exigências que poderiam inviabilizar o modelo privado. Entre elas, está a obrigação de motoristas de aplicativos possuírem carros com placas vermelhas, iguais às usadas pelos taxistas.
O Brasil é um dos mercados mais importantes para esses aplicativos. Segundo os aplicativos, o projeto não foi suficientemente debatido com a sociedade e agora corre o risco de ser votado a qualquer momento.
Entre os argumentos utilizados por motoristas de aplicativos é que eles não podem ser igualados aos taxistas, pois não contam com os mesmos benefícios – como desconto para compra de carro ou poder andar na faixa exclusiva de ônibus.