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Três anos depois, Inovar-Auto trava investimento, diz presidente da JAC Motors

Para Sergio Habib, o programa do governo não trouxe novas montadoras para o Brasil

Por Da Redação
5 Maio 2014, 19h48

O presidente do Grupo SHC e JAC Motors Brasil, Sergio Habib, disse, nesta segunda-feira, que o Inovar-Auto, o programa de incentivo tributário do governo ao setor automotivo, não é o responsável pela instalação de fábricas de montadoras estrangeiras no Brasil e que ele é, na realidade, uma barreira a novos interessados. “O fato de ter o IPI mais baixo durante dois anos quando se faz uma fábrica na verdade não deixa você testar o mercado antes. Você já tem de entrar com um projeto de fábrica. Isso é ruim”, afirmou, ao participar Workshop New New Comers Auto & Caminhões, promovido pela AutoData, na capital paulista. “É como começar a namorar uma mulher já com noivado garantido: antes de começar a namorar já está comprometido com o casamento. O que o governo pediu com o Inovar-Auto é exatamente isso”, comparou.

Segundo ele, o Inovar-Auto não trouxe ninguém para o Brasil. Quem se instalou ou está se instalando – a exemplo da JAC, que está construindo uma fábrica na Bahia – já tinha planos anteriores à lei. “Começar com um projeto de fábrica é muito complicado. Primeiro, é preciso testar o mercado antes, ver como seu produto se adapta no Brasil”, reforçou.”O Inovar-Auto não favorece a vinda de uma marca no Brasil”, insistiu.

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Leis trabalhistas – Habib criticou as lei trabalhistas brasileiras e afirmou que uma reforma é necessária para tornar o país mais competitivo. “A legislação trabalhista é antiquada, feita há setenta anos, completamente inadequada a um país moderno”, disse. “Muitas coisas têm de mudar para o Brasil se tornar um país competitivo – e a lei trabalhista é uma delas.”

Questionado sobre se era favorável ao afastamento de funcionários de forma remunerada com a utilização de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), como vem sendo discutido pelas montadoras com o governo, Habib afirmou que “qualquer coisa que flexibilize as leis trabalhistas é muito positivo para o país”. “Os custos que você tem hoje para demitir trava a contratação”, afirmou.

O executivo disse, no entanto, não conseguir prever se haverá ou não demissões em massa no setor por causa do cenário de queda nas vendas. “Vai depender de muitos fatores. A confiança do brasileiro no futuro depende das eleições, depende da Copa do mundo”, observou.

Para Habib, o momento vivido pelo setor, que deve encerrar 2014 com queda de 6% nas vendas, não é resultado da falta de crédito e sim da falta de confiança e de demanda.

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(com Estadão Conteúdo)

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