Juros do rotativo do cartão voltam a subir em junho, diz BC
A taxa média da modalidade do cartão de crédito para quem paga a parcela mínima caiu 28,1 pontos porcentuais no mês, para 230,4% ao ano
A taxa de juros média do rotativo do cartão de crédito subiu 0,4 ponto porcentual em junho, para 378,3% ao ano, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira. No mês anterior, esse tipo de juros havia caído 51,8 pontos porcentuais, a 377,9%, após nova regra sobre este tipo de crédito.
Entre as faixas de juros dessa modalidade, houve queda nas taxas cobradas dos clientes que pagam ao menos o valor mínimo da fatura, de 28,1 ponto porcentual no mês, para a 230,4% ao ano. Já a taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura subiu 6,8 pontos porcentuais: passou para 460,7% ao ano, em junho.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. Desde abril, os consumidores que não conseguem pagar integralmente a fatura do cartão só podem ficar no crédito rotativo por até 30 dias após o vencimento. Após esse período, a divida deve ser migrada para outra linha de crédito, segundo regra do Conselho Monetário Nacional (CMN) publicada no início deste ano.
Cheque especial
A taxa de juros do cheque especial ficou em 322,6 % ao ano, no mês passado, com redução de 2,5 pontos percentuais em relação a maio.
Já a taxa média de juros para as famílias caiu 1,2 ponto percentual e ficou em 63,3% ao ano em junho. No caso das empresas, caiu 1,3 ponto percentual e foi para 24,8% ao ano.
A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, para pessoas físicas, ficou em 5,8%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a maio. No caso das pessoas jurídicas, a taxa chegou a 5,3%, com queda de 0,7 ponto percentual. Esses dados são do crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado.
O saldo de todas as operações de crédito concedido pelos bancos ficou em 3,078 trilhões de reias, com alta de 0,4%, no mês. Em 12 meses, houve retração de 1,6%. Em relação a tudo o que o país produz (PIB), o volume correspondeu a 48,5%, com redução de 0,1 ponto percentual em relação a maio.
(Com Agência Brasil)