Setor público registra superávit de R$ 102 bilhões em janeiro

Em doze meses, déficit equivale a 2,25% do PIB, 0,04 ponto abaixo do acumulado entre janeiro e dezembro de 2023; meta deste ano é zerar o déficit

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 mar 2024, 12h55 - Publicado em 7 mar 2024, 09h08

A arrecadação bate recorde ante o mesmo mês do ano anterior desde outubro de 2009 (Beatriz Albuquerque/VEJA)

As contas públicas fecharam o mês de janeiro com superávit primário de 102 bilhões de reais, segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira, 7. Em janeiro do ano passado, houve superávit de 99 bilhões de reais.

No acumulado de doze meses, entretanto, o setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e empresas estatais – registrou déficit de 246 bilhões, equivalente a 2,25% do PIB. O resultado é ligeiramente (0,04 ponto percentual) inferior ao déficit do ano fechado em 2023.

Segundo os dados do BC, houve superávits de 81,3 bilhões de reais e de 22,5 bilhões reais para governo central e governos regionais, respectivamente. Enquanto isso, as estatais registraram déficit de 1,7 bilhão de reais.

Neste ano, o governo persegue o déficit zero nas contas públicas, conforme estipulado no novo arcabouço fiscal. No ano passado, o resultado foi de um déficit de 2,3% do PIB. A expectativa do mercado, no entanto, é que o governo não consiga cumprir a meta e encerre o ano com déficit de 0,8% do PIB.

Resultado

A dívida bruta do governo geral – governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 75% do PIB (8,2 trilhões de reais) em janeiro de 2024, aumento de 0,7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Segundo o BC, essa evolução no mês decorreu do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,7 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,4 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (aumento de 0,1 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,5 p.p.).