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Setor de veículos pesa e produção industrial cai

Por Da Redação
1 nov 2011, 10h35

Por Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO, 1o de novembro (Reuters) – Paradas de montadoras em setembro aprofundaram o arrefecimento da produção da indústria brasileira, que já vinha sendo afetada pelo desaquecimento da economia, entrada de importados e paralisações em algumas atividades, afirmou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A atividade recuou 2 por cento em setembro ante agosto, a maior baixa desde abril, e contraiu 1,6 por cento sobre igual mês de 2010, informou o IBGE nesta terça-feira. Analistas consultados pela Reuters projetavam queda mês a mês de 1,3 por cento e recuo anual de 1 por cento.

“A indústria vinha com estoques elevados e concorrências de importados, mas agora a queda ganhou impulso com a queda na produção de veículos. Houve paradas, paralisações e até greves em montadoras”, disse a jornalistas o economista do IBGE André Macedo.

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“Elas tiveram paralisações, deram férias, empresas ficaram 3,4 dias paradas e com problemas na produção. Isso reflete rebatendo em bens de capital e duráveis, porque afeta produção de caminhões e componentes.”

Com o resultado de setembro, a produção está 4 por cento abaixo do pico de produção observado em março deste ano. Até agosto essa distância para o recorde de produção era de 2,1 por cento.

O setor de veículos automotores tem peso de 11 por cento na formação da produção industrial e , em setembro caiu 11 por cento ante agosto. Foi o pior resultado desde dezembro de 2008, quando começaram a surgir os primeiros sinais da crise financeira mundial.

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“Mais que o peso, a importância desse setor é que tem ligação importante com siderurgia, tintas vernizes, borracha e plástico e outros”, disse o economista do IBGE.

O segmento de duráveis, do qual faz parte o setor de veículos automotores, sofreu uma queda de 9 por cento ante agosto, pior desempenho desde abril deste ano. A queda de duráveis em relação a setembro de 2010 foi de 9,5 por cento.

Macedo destaca que a queda na produção de veículos foi um elemento relevante, porém, mais um a ajudar a queda na indústria.

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Os bens de capital, que sinalizam investimentos, caíram 5,5 por cento entre agosto e setembro, pior resultado desde fevereiro de 2009, período em que a industria foi impactada pela crise financeira mundial.

“Essa magnitude de queda remete a fevereiro de 2009 e tem a ver com a queda na produção de caminhões, mas outras partes como máquinas e equipamentos, produção de aviões e máquinas e equipamento para o setor elétrico também mostraram perda na produção”, disse Macedo.

“O volume de importações está acima do desejado e as próprias sondagens de confiança mostram um menor otimismo do empresariado. Isso combinado pode dar um entendimento porque bens de capital estão com um queda tão expressiva.”

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Os bens não duráveis caíram em setembro 1,3 por cento. O segmento vem sendo muito impactado pela entrada de importados e pelo dólar num patamar desfavorável. Já os intermediários, o segmento mais pesado da indústria ficaram estáveis.

PERDA DE RITMO

Com o resultado de setembro, a indústria acentuou a trajetória de queda na produção no terceiro trimestre.

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Depois de crescer 1,3 por cento no primeiro trimestre ante o imediatamente anterior, a indústria sofreu uma queda de 0,6 por cento no segundo e , encerrou o terceiro trimestre com taxa de menos 0,8 por cento.

“Houve sem dúvida uma mudança de ritmo e, agora, um pouco mais forte por conta dessa queda de 2 por cento na margem”, disse Macedo.

O movimento é quase generalizado e a única exceção fica por conta dos bens de capital. O segmento lidera o crescimento no ano, com alta de 5 por cento, e impende uma queda mais aguda da indústria geral.

(Edição de Vanessa Stelzer)

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