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O iPhone 12 vem com 5G: vale a pena comprar no Brasil?

Apple lança seu novo telefone na tarde desta terça-feira e a grande novidade que o novo iPhone traga compatibilidade com a 5G

Por Josette Goulart Atualizado em 13 out 2020, 15h34 - Publicado em 13 out 2020, 09h11

Uma das grandes expectativas para o evento da Apple, que anuncia seu novo iPhone 12 no início da tarde desta terça-feira, 13, era que o aparelho viria com o suporte para velocidades de celular mais rápidas, no caso, o já famigerado 5G. O nome do evento “Hi, Speed” sugeria que esta seria a grande novidade. E foi. Mas os especialistas no assunto sugerem que não vale comprar um novo aparelho, só porque tem o 5G, nem nos Estados Unidos, quem dirá no Brasil, onde o governo sequer autorizou o leilão para esta nova faixa de telefonia. Apesar de ser tida como revolucionária, a tecnologia 5G ainda vai levar um tempo para funcionar do modo como foi idealizada, ou seja, rápida. E por isso alguns especialistas no assunto dizem que comprar um iPhone 12, neste ano, seria desperdício. No caso do Brasil, a expectativa é de que o 5G só chegue para valer em dois ou três anos.

Nos Estados Unidos, onde o 5G já é uma realidade, a revista PC, especializada em tecnologia, mandou seus repórteres percorrerem 26 cidades americanas e em setembro eles anunciaram suas descobertas. Uma delas é que, em alguns lugares, o 4G ainda é mais rápido. O editor executivo do site The Verge, também especializado em tecnologia, Dieter Bohn, diz que mesmo sem ter visto o novo iPhone, não recomenda a compra só por causa do 5G. “Este tem sido meu conselho para cada telefone Android habilitado para 5G que foi lançado até agora, e, a menos que a Apple tenha algum modem que desafie a realidade que permite velocidades 5G em mais lugares, é o meu conselho para o próximo iPhone também”, diz. No lançamento, a Apple informou que terá uma parceria com a Verizon e vai proporcionar experiências em estádios de futebol americano, por exemplo. Outra novidade é poder jogar League of Legends direto no celular, com alta resolução. Mas tudo pensando no 5G. Se nos Estados Unidos já não é fácil, o que dizer, então, do Brasil? 

O leilão das faixas deve ocorrer somente no segundo semestre do ano que vem, mesmo assim só depois de o governo brasileiro decidir qual relação quer ter com a China. Um dos principais fornecedores de equipamentos é chinês, a Huawei, e está hoje em 45% da infraestrutura de telefonia móvel. Mas, como os Estados Unidos baniram a empresa do país, alegando que eles só querem roubar dados, o governo Bolsonaro também está analisando o assunto. Isso por si só já pode encarecer a infraestrutura, restringindo os competidores. O presidente do SindiTelebrasil, Marcos Ferrari, diz que depois do leilão, a tecnologia ainda levaria de um a dois anos para estar em operação. Isso porque o 5G requer muito mais antenas do que a tecnologia 4G. A lógica é a seguinte: para ser mais rápida, não pode ter interrupção. Para não ter interrupção, precisa de várias antenas uma perto da outra. A rapidez é a grande chave do 5G, que vai permitir que downloads sejam quase que instantâneos, que a conexão chegue aos objetos: ao refrigerador, ao carro autônomo, ao braço robótico que faz cirurgias, ao arado do campo. “O 4G é como estar num engarrafamento. O 5G é andar numa avenida sem carro”, compara Ferrari.

Boa parte das empresas que fabricam celulares já vende aparelhos 5G no Brasil, como LG, Xiaomi, Motorola, Samsung e OnePlus. E algumas operadoras de telefonia fornecem o 5G  por meio de uma tecnologia chamada DSS (do inglês Dynamic Spectrum Sharing, ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro). O DSS permite que se o 5G pegue emprestado algumas das frequências destinadas ao 4G. Mas esta velocidade de internet só é oferecida em poucos bairros de grandes cidades. Isso significa que dos lançamentos do iPhone feitos nesta tarde de terça, poucos serão 100% usáveis no Brasil.

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