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Relator da Previdência altera tempo de contribuição de mulher para 15 anos

Presidente da Câmara e relator da reforma da Previdência revelaram modificações no texto feitas para facilitar construção de um acordo

Por da Redação
Atualizado em 12 jun 2019, 20h32 - Publicado em 12 jun 2019, 20h23

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), concederam  coletiva de imprensa na noite desta quinta-feira, 12, em que apresentaram alguns pontos do relatório sobre a reforma que deve ser apresentando nesta quinta-feira, 13, na Casa. Também participaram o presidente da comissão especial que analisa a reforma, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), e os líderes partidários.

Moreira adiantou alguns pontos do seu relatório. Ele fez questão de deixar claro que não estava adiantando o relatório, mas sim pontos que dizem respeito à construção do acordo. Aqueles que vinham gerando maior dificuldade de construção de um acordo. O relator afirmou que a idade mínima para a aposentadoria de professoras deverá passar de 60 para 57 anos, que as mudanças no BPC e na aposentadoria rural serão retiradas da reforma da Previdência e que estados e municípios devem ficar de fora da proposta neste momento. A grande alteração do texto diz respeito ao tempo mínimo de comprovação de contribuição das mulheres, que deve ser mantido em 15 anos, como é hoje. Para os homens, passa para 20 anos.

O relator também disse que não há convergência neste momento em torno da introdução do regime de capitalização e que as regras previdenciárias deverão ser mantidas na Constituição. “Eu pessoalmente gostaria de desconstitucionalizar alguns itens, mas estou aqui para fazer o possível”, afirmou. O deputado disse ainda que a retirada da capitalização não irá afetar a economia prevista para a proposta.

Maia afirmou considerar mais plausível que estados e municípios possam ser reincluídos na reforma da Previdência quando a proposta for votada no plenário da Casa do que na comissão especial que analisa a matéria.

Moreira afirmou que deve retirar os entes federados do seu parecer porque ainda não há o apoio suficiente de parlamentares, o que poderia colocar em risco toda a proposta. Maia cobra que os governadores convençam os deputados de suas bases aliadas. Segundo explicou o presidente, se houver um apoio efetivo dos governadores à reforma, inclusive os de oposição, com a garantia de votos, um destaque prevendo a inclusão de estados e municípios nas mudanças das regras de aposentadoria tem chances de ser aprovado pelo plenário até mesmo com mais de 400 votos dos 513 deputados.

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Maia destacou que os debates em torno da reforma acontecerão na próxima semana na comissão especial, que deve votá-la no dia 27 de junho. Questionado sobre quando a proposta poderá ser aprovada tanto pela Câmara quanto pelo Senado, o presidente brincou: “Se eu tivesse capacidade de responder, jogaria na mega-sena”.

Deputados da oposição questionaram o motivo de não terem sido convidados para o evento e disseram que Moreira não poderia estar antecipando seu parecer fora da comissão especial que analisa a proposta. A líder da minoria, Jandira Feghalli (PCdoB-RJ), afirmou que Moreira estava sendo parcial ao não convidar a oposição para o debate desta quarta-feira, 12. Já o líder do PDT, André Figueiredo, disse que a reunião era um “conluio”. Deputados favoráveis à reforma protestaram e um bate-boca foi iniciado entre os deputados. “É uma reunião informal dos partidos que apoiam essa reforma, não tem nada de anormal aqui”, rebateu o líder do MDB, Baleia Rossi

 

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