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Refinarias estão no limite de capacidade, diz Petrobras

José Sergio Gabrielli, presidente da empresa, defendeu a construção das novas unidades como forma de amenizar a atual situação de oferta de combustíveis

Por Da Redação
21 fev 2011, 13h47

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, defendeu nesta segunda-feira o projeto de construção de novas refinarias que a companhia está realizando como forma de amenizar a atual situação de oferta de combustíveis no país. Segundo ele, a capacidade de refino nacional está “no limite”. “Temos um problema: estamos no limite do refino e com um crescimento exponencial na produção de petróleo. Somos a empresa no mundo que mais cresce em produção com base em novas reservas”, afirmou, rebatendo as constantes críticas do mercado financeiro sobre os investimentos de quase 40 bilhões de dólares para a área de refino que a Petrobras tem previsto em seu plano de negócios até 2014.

O executivo disse que a situação mais crítica é na gasolina, mas também há risco de chegar ao limite o processamento de querosene de aviação e de gás liquefeito do Petróleo (GLP). “Não investir em refinaria no curto prazo é suicídio”, disse. O crescimento do PIB e melhora na renda per capita são os pontos apontados por Gabrielli como as principais razões para o aumento do consumo, bem como a falta de investimentos em novas refinarias no passado. “Toda nossa intervenção nos últimos anos foi para aumentar a capacidade de produção de diesel em nossas refinarias. Agora vemos gargalo na gasolina e outros, mas isso não se muda no curto prazo. A única maneira de mudar isso é construir refinarias, e isso leva seis anos no mínimo”, disse.

Especificamente sobre a gasolina, o executivo comentou que a situação brasileira é peculiar porque sofre influência do preço do açúcar no mercado mundial. Isso porque o consumo de álcool é influenciado pelo preço, que, por sua vez, varia conforme a demanda por açúcar. No ano passado, lembrou, o crescimento da gasolina no mercado interno foi de 19%, ante um PIB de 7% e 10% do mercado geral de combustíveis. Em 2010 ainda, o consumo de álcool combustível caiu pela primeira vez desde 2003 por conta dos preços altos decorrentes da elevação nas cotações do açúcar no mercado internacional. Os consumidores passaram, então, a preferir a gasolina, o que deu impulso extra ao seu consumo.

Gabrielli afirmou que o preço da gasolina no país encontra-se hoje abaixo do praticado no mercado internacional. “Mas é natural. Nós há bem pouco tempo estávamos acima do preço. Não vamos alterar nossa política de preços, não vamos repassar oscilações no curto prazo. Toda vez que há uma instabilidade no mercado futuro repassamos para os preços, mas isso só é avaliado dentro de uma política de longo prazo”.

(com Agência Estado)

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