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Questionário básico do Censo foi reduzido a 25 perguntas

Saem da amostra perguntas sobre deslocamentos para a escola, estado civil das pessoas e número de horas trabalhadas

Por da Redação
Atualizado em 29 Maio 2019, 12h11 - Publicado em 28 Maio 2019, 21h16

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cortou o questionário básico do Censo Demográfico 2020 de 37 para 25 perguntas. A versão mais enxuta é aplicada em todos os domicílios brasileiros. No Censo de 2010, havia 34 perguntas. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 28, em coletiva de imprensa.

Já o questionário mais completo, que é aplicado numa amostra que equivale a 10% dos domicílios, foi enxugado de 112 perguntas para 76 perguntas. No Censo 2010, o questionário amostral tinha 102 questões.

“Hoje o conselho diretor (do IBGE) aprovou a versão final do Censo 2020”, declarou Eduardo Rios-Neto, diretor de Pesquisas do IBGE.

O Censo deixa de investigar a emigração internacional, a posse de bens de consumo e informações sobre o tipo de domicílio.

No questionário básico, também foram cortadas as perguntas sobre a renda de todos os moradores. Os recenseadores passam a perguntar apenas sobre a renda do responsável pelo domicílio.

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Nas simulações conduzidas pelo órgão, o corte das questões sobre renda no questionário básico significou uma economia de 2 minutos nas entrevistas, passando de 7 para 5 minutos de coleta, informou o diretor de Pesquisas do IBGE.

“O questionário leva em torno de 4,2 minutos, 4,3 minutos”, contou Rios-Neto.

O questionário amostral deixa ainda de perguntar sobre deslocamentos para a escola, o estado civil das pessoas e número de horas trabalhadas. Também enxugaram a coleta de dados sobre a renda do trabalho e de outras fontes.

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A presidente do IBGE, Susana Cordeiro Guerra, defendeu o corte no questionário do censo, dizendo que o cenário atual é mais complexo do que o encontrado no censo anterior, referente a 2010. Segundo ela, o avanço das tecnologias e das redes sociais fez a população ter menos atenção para responder a um questionário longo. Outro argumento para abreviar o tempo da coleta de campo seria o agravamento da segurança pública.

A presidente reconheceu que foi imposto ao órgão um quadro de restrição orçamentária, e que estão se adequando, mas negou que o Ministério da Economia tenha exigido um corte no questionário.

“Nunca houve uma ordem para diminuir o número de perguntas do questionário. A única coisa que houve foi um quadro de restrições orçamentárias. E o IBGE tem total independência para decidir como vai se adequar a esse contexto. Mesmo sem restrições orçamentárias estaríamos tomando mesmas decisões que estamos tomando nesse momento para o censo demográfico”, enfatizou Susana Cordeiro Guerra.

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Segundo a presidente, o objetivo maior é um censo de qualidade, menos custoso e sem perda de informação, assegurando o compromisso com qualidade de cobertura e de resposta.

“Ninguém está vendendo ajustes no questionário como bala de prata, que fique bem claro. Mas ajustes são necessários para se encarar essa coleta de campo de forma responsável”, defendeu. “Temos que conseguir entregar uma operação 25% mais enxuta. Ela tinha sido orçada inicialmente em R$ 3,1 bilhões para 2020. Com o corte de 25%, seria um ajuste de R$ 800 milhões, (o custo) ficaria em torno de 2,3 bilhões. Não tenho orçamento de R$ 2 bilhões para isso, mas temos que trabalhar com cenário em que esse corte possa acontecer”, concluiu Susana.

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