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Quem é Jane Fraser, a primeira mulher CEO de um dos grandes bancos dos EUA

Assim como aconteceu na passagem de bastão anterior, em 2008, a sucessão ocorre em um momento em que o Citibank enfrenta uma crise econômica aguda no país

Por Luisa Purchio Atualizado em 10 set 2020, 20h53 - Publicado em 10 set 2020, 20h52

O Citigroup nomeou nessa quinta-feira, 10, Jane Fraser como a nova CEO do grupo. A decisão faz história porque simboliza um avanço para a inserção feminina no mercado de trabalho. Fraser é a primeira mulher a ocupar o cargo de liderança de um dos maiores bancos dos Estados Unidos e substituirá Mike Corbat após 37 anos no grupo, oito anos deles como CEO – ele se aposentará e deixará o Conselho de Administração em fevereiro do ano que vem. “Farei tudo o que puder para deixar todos os nossos stakeholders orgulhosos de nossa empresa, à medida que continuamos a construir um banco melhor e a melhorar nossos retornos. Investiremos em nossa infraestrutura, gestão de riscos e controles para garantir que operemos de forma segura e sólida e atendamos nossos clientes e clientes com excelência”, disse ela em comunicado. Jane foi eleita por um Conselho de Administração com 17 integrantes, oito deles mulheres. Apesar do avanço, ela ainda faz parte de um seleto grupo de CEOs numa posição ainda majoritariamente masculina. Dados de novembro de 2019 da consultoria Oliver Wyman mostram que apenas 26% dos executivos de companhias financeiras são mulheres, 6 pontos percentuais a mais que em 2016.

A liderança da instituição muda mais uma vez em um momento de profunda crise econômica nos EUA. O CEO que está passando o bastão, Corbat, assumiu em 2008 com o desafio de recuperar o Citigroup após a crise dos subprimes. “Concluímos nossa transformação da crise financeira e emergimos como uma instituição mais simples, segura e forte”, disse o executivo no comunicado. “Sempre há mais a fazer e acredito que é o momento certo para meu sucessor liderar o Citi nesta próxima etapa de progresso.”

Além da crise causada pela Covid-19, hoje os bancos enfrentam um desafio a mais: o aumento da concorrência devido ao surgimento das fintechs, que provocam diminuição das taxas das instituições tradicionais. Além disso, o mercado deve enfrentar volatilidade nos próximos meses, com a aproximação das eleições presidenciais americanas. Caso as tendências sejam confirmadas e o democrata Joe Biden levar a melhor no pleito eleitoral, os bancos e demais instituições poderão ter mais um desafio pela frente: o aumento da taxação das instituições financeiras com o objetivo de ampliar programas sociais.

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Nascida na Escócia, casada e com dois filhos, Fraser tem 53 anos e integra o Citigroup desde 2004, quando ingressou na divisão de banco de investimentos e corporativos. Além de um MBA pela Harvard Business School e um M.A. em economia pela Cambridge University, ela atua no Conselho de Reitores Consultores da Harvard Business School, no Clube Econômico de NY, no Conselho Consultivo Global de Stanford e do Conselho de Relações Internacionais (CFR).

Após ser procurada no ano passado para assumir cargos de liderança em bancos concorrentes, como o Wells Fargo, ela foi promovida para diretora executiva do Global Consumer Banking, que incluem negócios ligados ao consumo, como banco de varejo e gestão de patrimônio, hipotecas e cartões de crédito em 19 países. Além de copresidente do Citi Women Affinity Group, Fraser já passou for diversos cargos no banco, como o de diretora executiva na América Latina, diretora executiva do Consumer and Commercial Banking e CitiMortgage dos EUA e CEO do Global Private Bank. Ela também já foi a chefe global de estratégia e de fusões e aquisições, de 2007 a 2009. Antes de ingressar no Citi, Fraser foi sócia da McKinsey & Company, mas ela começou sua carreira na Goldman Sachs no departamento de fusões e aquisições em Londres, tendo trabalhado depois para a Asesores Bursátiles em Madrid, na Espanha.

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