Último mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Quem é a mulher que tem nas mãos o futuro da Odebrecht

Responsável por escolher o próximo presidente da construtora, Juliana Baiardi tem vasta experiência – e, mais importante, é indicação de Emílio Odebrecht

Por Victor Irajá, Felipe Carneiro Atualizado em 11 out 2019, 14h24 - Publicado em 11 out 2019, 13h19

A Odebrecht está promovendo uma verdadeira dança das cadeiras executivas na tentativa de reestruturar suas operações e voltar a dar, nas palavras de ordem usadas dentro do grupo, “sinais de sobrevivência, crescimento e perpetuidade”. Na segunda-feira 11, o então presidente da OEC (antiga Odebrecht Engenharia & Construção), carro-chefe do grupo, Fábio Januário, foi afastado. Para o seu lugar, a indicada pela família controladora do grupo foi Juliana Baiardi, hoje presidente da Atvos (antiga Odebrecht Etanol). Seu nome, no entanto, encontrou resistência entre os executivos tanto da construtora quando da holding. Na edição desta semana, VEJA explica mais sobre a encrenca em que se encontra a Odebrecht.

O grupo, então, recuou para uma solução intermediária até se tomar uma decisão definitiva: para o cargo de vice-presidente do conselho do conglomerado. Juliana será incumbida da missão de formar um comitê ─ ainda sem membros definidos ─ que escolherá o próximo presidente da OEC. Mas qual o motivo da resistência?

Na Odebrecht, para além das questões empresariais, os sobrenomes pesam muito. Juliana é engenheira civil, formada pela Universidade Federal da Bahia e com MBA pela Columbia University em Nova York. É, também, filha de um ex-presidente da construtora: Renato Baiardi, que ocupou o cargo até 2002, quando Marcelo Odebrecht assumiu. Seu irmão também tem história dentro do grupo: Ernesto Baiardi é ex-presidente da Odebrecht Angola e foi um dos executivos do grupo que colaborou com a Lava-Jato. Ambos ligadíssimos a Marcelo, hoje persona non-grata dentro do grupo.

Continua após a publicidade

Juliana, na verdade, tinha a anuência de Emílio para assumir o comando da empreiteira, mas o sobrenome da executiva incomodou executivos do grupo e ela perdeu o emprego antes de assumir. 

Com 14 anos de experiência no mercado financeiro, sendo dez anos no banco americano J.P.Morgan, Juliana ingressou em 2011 no Grupo Odebrecht. Antes de assumir a presidência da Atvos (cargo que acumulará com o de vice-presidente da holding), também foi CEO da OTP, empresa de rodovias, mobilidade urbana e logística do principado, e participou da venda da então Odebrecht Ambiental para o fundo de investimentos canadense Brookfield. A entrega dos rumos da OEC nas mãos de Juliana prova: na Odebrecht o currículo não é a única coisa que importa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.