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Quase metade dos inadimplentes acredita que não pagará as suas dívidas

Pesquisa da CNDL e SPC Brasil mostra que 46% dos brasileiros com contas em atraso não devem regularizar a situação nos próximos três meses

Por Redação
Atualizado em 29 ago 2018, 15h27 - Publicado em 29 ago 2018, 14h11

Quase a metade das pessoas que têm contas em atraso (46%) acredita que não conseguirá pagar as dívidas pelos próximos três meses. Foi o que mostrou a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O levantamento mostrou também que 49% dos inadimplentes confiam que vão conseguir regularizar a situação, sendo que 36% já planejam quitar todo o valor e 13% apenas parte dele. A sondagem entrevistou 609 consumidores com dívidas em atraso por mais de noventa dias em todas as capitais brasileiras.

Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, os dados reforçam a percepção de que as pessoas seguem em dificuldades financeiras, mesmo com alguns sinais tímidos de melhora da economia. “O ritmo atual de retomada está longe de produzir efeitos positivos na vida de muitas pessoas, que veem as dívidas se acumulando e enfrentam dificuldades para honrar compromissos assumidos. Embora a inflação permaneça controlada e a taxa básica de juros esteja em seu menor nível histórico, o grande número de pessoas sem emprego prova que os reflexos da crise ainda se fazem presentes do dia a dia de milhões de brasileiros”, disse ele por comunicado.

O valor médio das dívidas do brasileiro chega a 2.615,98 reais. Entre as pessoas com renda familiar de até cinco salários mínimos, a dívida média é de 2.530,96 reais, e as classes A e B devem em média 3.718,48 reais, de acordo com a pesquisa. Há ainda 14% de inadimplentes que nem sabem quanto devem.

De acordo com a sondagem, os fatores que dificultam o pagamento das dívidas é a renda insuficiente (para 36% dos entrevistados), o desemprego (para 27% das pessoas) e as pendências serem muito superiores aos ganhos (15%). Há ainda 9% de inadimplentes que não conseguem abrir mão de gastos com os quais estão acostumados.

Entre aqueles que têm a esperança de sair da lista de inadimplentes, a renegociação com o credor será a principal estratégia. Em cada dez entrevistados, quatro pretendem realizar um acordo com a empresa e parcelar o débito (37%), enquanto 19% farão cortes nos gastos e 18% recorrerão a bicos para gerar renda extra. Ao mesmo tempo, considerando aqueles que pretendem economizar para quitar as dívidas em atraso, as principais áreas de corte serão o lazer (34%), aquisição de roupas e calçados (32%), idas ao salão de beleza (30%), alimentação fora de casa (29%) e compra de produtos de beleza (25%).

O levantamento também identificou que os empréstimos contraídos com amigos e parentes é o tipo de dívida em atraso mais frequente do brasileiro inadimplente, com 38% de menções. Em seguida, aparecem as faturas do cartão de crédito (20%), crediários no comércio (20%) e o cheque especial, que saltou de 8% em 2017 para 20% neste ano.

De modo geral, o raio X da inadimplência no pais mostra que de cada dez consumidores inadimplentes, seis (58%) são homens e quatro (42%) são mulheres. A média de idade dessas pessoas é de 36 anos e a maior parte (59%) possui o segundo grau completo ou incompleto. Quase a totalidade dos que estão com contas em atraso possui renda familiar de até cinco salários mínimos (93%) e divide a casa com mais três pessoas, em média. A maioria dessas pessoas reside nas regiões Sudeste (46%) e Nordeste (24%).

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