PUC-Campinas: Fazer a lição de casa dá resultado
Com planejamento de longo prazo e rigor financeiro, mostra que excelência acadêmica e gestão eficiente podem andar lado a lado
Em seus 84 anos de história, a Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), mantida pela Sociedade Campineira de Educação e Instrução, consolidou-se como um dos mais consistentes exemplos de equilíbrio entre qualidade acadêmica, responsabilidade social e gestão eficiente. De origem ligada à tradição cristã, a instituição atua sem fins lucrativos e tem como propósito oferecer ensino de excelência com impacto social positivo. Há duas décadas, segue um plano estratégico de desenvolvimento institucional voltado a fortalecer seus três pilares — ensino, pesquisa e extensão. Em 2018, quando o professor Germano Rigacci Júnior assumiu a reitoria, o plano foi atualizado para incluir cinco frentes de atuação: inovação e empreendedorismo, sustentabilidade econômica e ambiental, envelhecimento e longevidade, internacionalização e relações humano-afetivas. “Por sermos uma universidade filantrópica, o cuidado na gestão dos nossos recursos é muito grande”, diz Rigacci.
Esse zelo administrativo se traduz em resultados sólidos que levaram a PUC-Campinas a figurar como a melhor do setor de educação neste ranking das TOP30. Em 2024, a universidade teve receita líquida superior a 1 bilhão de reais, com lucro de 168 milhões. O endividamento, de apenas 24,4%, é considerado baixo para o porte da instituição, enquanto a rentabilidade sobre o patrimônio líquido, de 17,3%, demonstra capacidade de geração de resultados. O desempenho financeiro, aliado à qualidade acadêmica, sustenta a expansão contínua da infraestrutura e dos programas de pesquisa.
Entre as iniciativas de destaque, está o investimento em energia solar nos campi, que reduziu custos e reforçou o compromisso ambiental. “Além de gerar economia, essa transição expressa a coerência institucional da PUC-Campinas, que integra sustentabilidade ambiental, social e econômica”, diz o reitor. Nos últimos anos, a universidade também intensificou o retorno às atividades presenciais, apostando no campus como espaço essencial de convivência, troca de experiências e estímulo à curiosidade. Essa política é acompanhada por forte incentivo à pesquisa: em 2025, foram concedidas 130 bolsas de iniciação científica e mais de 2 300 bolsas integrais e parciais de graduação, por meio do Prouni e de programas próprios.
Para especialistas, o sucesso da PUC-Campinas está em sua capacidade de combinar tradição acadêmica e inovação. “Os rankings valorizam instituições que equilibram produção científica, impacto social e boa governança — e a PUC-Campinas vem fazendo isso com consistência”, afirma Paulo Presse, coordenador de estudos de mercado da consultoria Hoper Educação.
Presente entre as melhores universidades privadas do país, a PUC-Campinas se destaca também no cenário internacional. No ranking QS América Latina e Caribe 2026, figura como a principal universidade particular do interior do Brasil. Ao unir eficiência administrativa, excelência acadêmica e compromisso social, a instituição mostra que é possível crescer com responsabilidade e manter o propósito de formar cidadãos e profissionais preparados para os desafios de um mundo em transformação.
Publicado em VEJA, outubro de 2025, edição VEJA Negócios nº 19
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