PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana
Continua após publicidade

Pronunciamento deixa de reconhecer real necessidade de contenção de gastos, diz Kawall

Declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não trazem real compromisso com contenção de gastos

Por Juliana Machado Atualizado em 27 nov 2024, 23h46 - Publicado em 27 nov 2024, 23h45

O pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o pacote fiscal, feito na noite desta quarta-feira (27), não convenceu. O tom usado pelo ministro, que trouxe os principais temas e decisões que serão detalhados, passou uma mensagem muito mais “vitoriosa” do ponto de vista político ao invés de apontar de modo direto o compromisso do governo com medidas que estejam alinhadas à necessidade de contenção de gastos. A opinião é de Carlos Kawall, ex-secretário do Tesouro Nacional e fundador do family office Oriz Partners, em entrevista a VEJA.

“Precisamos acompanhar os detalhes, mas o tom do anúncio foi muito mais preocupado com dar uma roupagem política, sem reconhecer que existe uma necessidade de contenção de gastos”, diz ele. “Haddad inclusive falou em corrigir erros do passado, que culminaram na proposta sobre isenção de imposto de renda (para salários até R$ 5 mil), que foi o que mais afetou a expectativa do mercado.”

Para Kawall, algumas medidas anunciadas passarão por emendas constitucionais, o que significa que o governo quer “jogar areia” na engrenagem do crescimento dos gastos obrigatórios, que já tomam mais de 90% da despesa total do governo. No entanto, ao invés de representar uma economia e um grau de flexibilidade maior para os orçamentos de 2025 e 2026, isso deve dar mais espaço para expansão do gasto discricionário. Nesse caso, há dúvidas tanto sobre o aumento de impostos para salários acima de R$ 50 mil, quanto em relação à mudança do abono salarial — dois temas trazidos por Haddad.

“O que precisaria hoje é ter um conjunto de medidas suficientemente robustas para fazermos uma transição de dois anos e não termos mudanças mais intensas de indexação do Orçamento, em educação e em saúde”, diz Kawall. “Com certeza essa será a principal agenda de quem for eleito em 2026 e a probabilidade de que tenhamos que voltar ao tema lá na frente, com mais medidas, é grande.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.