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Produção industrial recua 0,9% em maio, influenciada por enchentes no RS

Setor acumula segundo mês consecutivo de resultado negativo. As duas maiores quedas do mês, automóveis e alimentos, têm forte influência da indústria gaúcha

Por da Redação
Atualizado em 3 jul 2024, 09h22 - Publicado em 3 jul 2024, 09h16

A produção industrial do país recuou 0,9% em maio, segundo dados divulgado nesta quarta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo mês consecutivo de queda, período em que acumulou perda de 1,7%. Com isso, o setor eliminou o ganho de 1,1% que havia acumulado entre fevereiro e março deste ano. Apesar da queda, o resultado veio melhor que a estimativa do mercado, que esperava uma queda de 1,5% no mês.

Os resultados de maio levaram a indústria a operar 1% abaixo na comparação interanual e 1,4% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.

O gerente da Pesquisa Industrial Mensal, André Macedo, afirma que a queda neste mês reflete as chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo Macedo, o impacto local foi maior, mas também há influência nos números nacionais.

Das 25 atividades investigadas pela pesquisa, 16 recuaram em maio. As duas maiores influências negativas para o resultado geral da indústria foram exercidas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,7%) e produtos alimentícios (-4,0%). De acordo com Macedo, os dois setores sofreram os impactos das enchentes do Rio Grande do Sul.

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“No setor de veículos automotores, houve o impacto direto e indireto das plantas industriais locais que paralisaram durante um tempo. Nesse período, tanto a montadora de veículos quanto as fábricas de autopeças registraram paralisações em suas produções em decorrência das chuvas e isso afetou também o abastecimento para a produção de bens finais no resto do país”, explicou.

No caso de produtos alimentícios, maio foi o segundo mês seguido de queda, acumulando perda de 4,7% no período. “A retração no processamento da cana-de-açúcar, por conta da condição climática menos favorável na segunda quinzena de maio, provocou uma queda pontual na produção do açúcar. Já entre os impactos negativos que podem ter a ver com as chuvas no Rio Grande do Sul estão as carnes de aves, de bovinos e de suínos e os derivados da soja, que são produtos que têm grande peso no setor”, destaca A atividade de produtos alimentícios responde por cerca de 15% da produção industrial do país.

Outros setores que recuaram e influenciaram o resultado negativo do mês foram os de produtos químicos (-2,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%), produtos do fumo (-28,2%), metalurgia (-2,8%), máquinas e equipamentos (-3,5%), impressão e reprodução de gravações (-15,0%) e produtos diversos (-8,5%).

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Já os principais impactos positivos sobre o resultado geral da indústria vieram das indústrias extrativas (2,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,9%). “Esses dois segmentos têm grande peso e evitaram uma queda maior no resultado da indústria. O crescimento do setor extrativo veio após uma queda no mês anterior, ou seja, tem o efeito de uma base de comparação mais negativa. Também houve aumento na extração dos dois principais produtos, o petróleo e o minério de ferro”, diz o gerente.

Com o resultado positivo de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, há o ganho acumulado de 3,1% no ano nessa atividade.

Ainda na comparação com abril, as quatro grandes categorias econômicas recuaram: bens de consumo duráveis (-5,7%), bens de capital (-2,7%), bens intermediários (-0,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%).

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