Produção industrial cai 6,6% em 2016
Resultado negativo é a terceira queda anual seguida e acontece apesar da alta de 2,3% verificada em dezembro ante o mês anterior, a segunda consecutiva
A produção industrial recuou 6,6% em 2016 na comparação com o ano anterior, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira. É o terceiro ano seguido de recuo, após resultados negativos em 2014 (-3%) e 2015 (-8,3%). Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, a queda em 2016 foi generalizada, atingindo a maioria dos segmentos analisados. Em dezembro a atividade avançou 2,3% em relação a novembro. O resultado no mês foi o segundo positivo consecutivo na comparação com o anterior, mas é 0,1% mais baixo que o registrado em dezembro de 2015.
Segundo o IBGE, a queda na atividade do acumulado do ano foi disseminada “já que as quatro grandes categorias econômicas, 23 dos 26 ramos, 63 dos 79 grupos e 72,8% dos 805 produtos pesquisados apontaram redução na produção”, diz o comunicado da instituição. As principais contribuições para a queda em 2016 foram dos setores de indústrias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
Três atividades, no entanto, registraram resultados positivos: produtos alimentícios (0,6%) e celulose, papel e produtos de papel (2,5%).
Recuperação
Os números de dezembro mostram retomada da atividade sobre novembro, com resultados positivos em 16 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Dentre as variações positivas está o setor automotivo, que já havia mostrado melha anteriormente. “O destaque foi veículos automotores, reboques e carrocerias (10,8%), que teve o maior resultado para o segmento desde junho de 2016 (11,7%) e intensificou a expansão de 6,9% verificada no mês anterior”, diz a nota.
Por outro lado, três atividades que registraram resultados negativo em novembro também tiveram mau resultado em dezembro: produtos farmaquímicos e farmacêuticos (-11,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%) e bebidas (-5,5%).