Produção da Vale pode cair ‘pelo menos’ 10% após tragédia, diz Opep
Instituição mantém previsão para o PIB e produção de petróleo brasileira
O relatório mensal da Organização dos Produtores de Petróleo (Opep), divulgado nesta terça-feira, 12, cita que o rompimento da barragem de Brumadinho, da Vale, pode afetar em até 10% a produção da empresa. Instituição também mantém previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) e produção de petróleo do Brasil.
Segundo a Opep, o preço do minério de ferro caiu 10,1% em janeiro, resultado do que a instituição define como “acidentes” em Brumadinho e no Rio Tinto, na Austrália.
A previsão de oferta de petróleo do país permaneceu em 3,26 milhões de barris por dia em 2018, e 3,63 milhões em 2019. A Opep também manteve a previsão de crescimento do PIB do país, em 1,1% para 2018, e 1,8% em 2019. Segundo o relatório, os prognósticos podem melhorar caso apareçam mais detalhes das reformas econômicas que o Brasil “necessita”. “Os detalhes de como o novo governo vai proceder com as reformas econômicas necessárias não são claros o suficiente para criarem um cenário mais positivo”, explica.
O relatório também chamou a atenção para a produção brasileira de petróleo bruto em dezembro de 2018, a maior desde o junho de 2017. O motivo principal apontado foi “o retorno na produção na Bacia de Campos, com a maior oferta de petróleo no campo Tartaruga Verde, que agora é conectado, por novos poços, à FPSO (unidade flutuante) Cidade de Campos dos Goytacazes”.
Apesar disso, o saldo no ano ficou negativo em 0,04 milhões de barris por dia, atingindo 2,58 milhões de barris por dia. “Manutenções pesadas no último verão e o declínio grandes em campos na Bacia de Campos, junto com o atraso no início de diversos projetos do pré-sal na Bacia de Santos, levaram à queda.”
Já na exportação, o ano foi positivo. Segundo a instituição o “Brasil nunca exportou tanto petróleo como em 2018”, tendo como principais compradores China, Estados Unidos e Chile.