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Previsão de inflação cresce de novo para 2024 e avança para 2025

Boletim Focus traz pela terceira semana consecutiva, alta da estimativa do IPCA para 2024

Por Camila Pati Atualizado em 5 ago 2024, 16h03 - Publicado em 5 ago 2024, 09h26

As projeções de economistas consultados pelo Banco Central para a inflação, PIB e Selic em 2024 apresentaram aumento, de acordo com o Relatório Focus, divulgado na segunda-feira, 5.

Pela terceira semana consecutiva, a estimativa do IPCA para 2024 subiu. O índice foi de 4,10% para 4,12%. Para 2025 a previsão também subiu e foi de 3,96% para 3,98%. As projeções para 2026 e 2027 se mantiveram em 3,60% e 3,50%, respectivamente. 

  Quanto ao PIB, a previsão de crescimento para 2024 aumentou de 2,19% para 2,20%, mas para 2025, caiu de 1,94% para 1,92%. As projeções para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 2,0%. 

Em relação à taxa Selic, a projeção para 2024 continua em 10,50%, subindo de 9,50% para 9,75% em 2025, e permanecendo em 9,0% para 2026 e 2027.

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 A previsão para o dólar em 2024 manteve-se em 5,30 reais, subindo de 5,25 reais para 5,30 reais em 2025, e permanecendo em 5,25 reais para 2026 e 2027. 

O resultado primário esperado para 2024 está em -0,70% do PIB, repetindo o valor para 2025, melhorando de -0,53% para -0,50% do PIB em 2026, e ajustando-se de 0,31% para 0,30% do PIB em 2027. 

Para a dívida líquida do setor público, as projeções foram mantidas em 63,70% para 2024, 66,0% para 2025, 68,38% para 2026 e 70,20% para 2027. 

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Já as previsões para a balança comercial em 2024 ficaram estáveis em  82,0 bilhões de dólares, caindo de 78,50 bilhões de dólares para 78,0 bilhões de reais em 2025, e mantendo-se em 80,0 bilhões de dólares para 2026 e 80,11 bilhões de dólares para 2027.

Análise: mercado mais atento ao cenário externo do que interno

Para Sidney Lima, analista da Ouro Preto, a interpretação do Boletim Focus indica um cenário que não é tão positivo. Uma das principais preocupações do mercado, segundo ele é a inflação e o boletim levanta a possibilidade de um aumento da taxa de juros no Brasil. “Esses fatores são motivos de cautela e não devem gerar muito otimismo, especialmente considerando o medo crescente de uma recessão nos Estados Unidos. Por outro lado, o aumento da projeção do PIB para 2024 é um ponto positivo. No entanto, é importante observar que para 2025, há uma previsão de queda no PIB em relação às estimativas anteriores. Embora as notícias não sejam extremamente negativas, também não são otimistas. A principal preocupação continua sendo o risco de recessão no mercado norte-americano, que está ofuscando a reação ao Boletim Focus por parte dos investidores”, diz. 

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Segundo Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike, o boletim divulgado não reflete o atraso que os Estados Unidos enfrentam para reduzir suas taxas de juros, o que gerou pânico nas bolsas globais nesta segunda-feira, 5.  “O boletim oferece uma perspectiva limitada sobre a economia até o final do ano, prevendo um leve crescimento do PIB, uma modesta alta no IPCA e um pequeno aumento no dólar. No entanto, a atenção dos investidores e do mercado deve se voltar para as consequências desse atraso na redução das taxas de juros americanas, se os Estados Unidos demorarem a baixar sua taxa de referência, isso pode resultar em uma inflação global mais alta”, diz. Essa demora no corte de juros pode levar os EUA, eventualmente, a uma recessão.  “A atual queda nos mercados financeiros reflete o temor de uma recessão iminente. O atraso na redução das taxas de juros pode pressionar excessivamente a economia, resultando em recessão e, consequentemente, em um aumento do dólar e na fuga de investidores de mercados emergentes”, diz.

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