‘Prévia do PIB’ avança 0,80% em março e supera as expectativas do mercado
No trimestre encerrado em março, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central cresceu 1,30%. Em 12 meses, alta é de 4,17%

Considerado uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou alta de 0,80% em março. O dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira, 19, vem acima da expectativa do mercado, cujo consenso era de um crescimento de 0,50%.
Em 12 meses, a atividade econômica registra expansão de 4,17%. No trimestre encerrado em março, a atividade econômica cresceu 1,30%, na comparação com o mesmo período de 2024. O indicador é utilizado nas decisões sobre política monetária
O Banco Central também revisou o resultado da expansão do índice de fevereiro de 0,40% para 0,52%. O resultado do IBC-Br de março foi influenciado em maior parte pela Indústria que avançou 2,15%. O setor de Serviços, o maior do PIB, teve alta de 0,30% e o agronegócio avançou 1,05%.
A leitura do IBC-Br funciona como termômetro para o comportamento do PIB, divulgado pelo IBGE. Embora o indicador não reproduza com exatidão a metodologia do PIB, sua consistência com os dados mensais ajuda a antecipar tendências.
Nesta segunda-feira, 19, o Boletim Focus aponta que analistas do mercado financeiro calculam uma expansão de 2,02% do PIB, alta de 0,02% em relação à projeção da semana passada. O aquecimento da atividade econômica é um dos motivos para a alta dos juros, segundo o Comitê de Política Monetária (Copom). Na ata divulgada, na terça-feira passada, o comitê destacou que espera uma desaceleração da atividade econômica nos próximos trimestres como reflexo da política monetária contracionista.
Essa desaceleração é considerada necessária para que a inflação volte à meta. Segundo o Copom, a economia apresenta sinais mistos, mas a inflação segue acima do desejado, e as expectativas para 2025 e 2026 continuam elevadas. O Boletim Focus desta semana, mostra que o mercado projeta que o IPCA feche 2025 a 5,50% e em 2026, 4,50%.