Prévia da inflação, IPCA-15 desacelera e fica em 0,57% em abril
Apesar da desaceleração, analistas financeiros voltaram a projetar alta na inflação para este ano

Considerado a prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,57% em abril. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice desacelerou na comparação com março, quando foi de 0,69%. O indicador acumulado em doze meses também recuou, de 5,36% para 4,16%. Há um ano, o IPCA-15 registrou alta de 1,73%.
Em abril, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 p.p.) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,50% em março. Na sequência, vieram os grupos Saúde e cuidados pessoais (1,04%) e Habitação (0,48%), que contribuíram com 0,14 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. Já Alimentação e bebidas (0,04%) desacelerou frente a março (0,20%). Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Comunicação e o 0,39% de Vestuário.
A alta do grupo Transportes (1,44%) foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (3,47%), que exerceu o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.). Além disso, também houve alta nos preços do etanol (1,10%), que já haviam subido 1,96% em março. Já óleo diesel (-2,73%) e gás veicular (-2,17%) recuaram, na contramão dos demais combustíveis (2,84%).
Analistas financeiros consultados pelo Banco Central voltaram a projetar alta na inflação para este ano. Segundo dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira, 24, o IPCA, índice oficial de inflação do país, deve fechar o ano em 6,04%. Esta é a quarta semana consecutiva que a projeção sobe, mostrando que a pressão inflacionária não ficou para trás e é um elemento no radar do BC para a decisão da taxa de juros.
Todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação foi em Curitiba (0,85%), onde a principal contribuição veio da gasolina (6,40%). Já a menor variação foi em Belo Horizonte (0,27%), influenciada pelas quedas de 6,19% nas frutas e de 13,30% no tomate.