Prévia da inflação de julho tem ligeira alta e fica em 0,09%
IPCA-15, que foi de 0,06% em junho, teve pressão devido a aumento da conta de luz e de passagens aéreas; queda nos combustíveis segurou o índice
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial no país, subiu e ficou em 0,09% em julho, após registrar 0,06% no mês anterior. Apesar do aumento das passagens aéreas e da energia elétrica, o índice teve a alta amenizada pela queda dos preços dos combustíveis.
No ano, a prévia da inflação acumula alta de 2,42% e, em doze meses, de 3,27%, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A meta para a inflação deste ano é de 4,25%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para baixo ou para cima .
A maior influência negativa no índice de julho ficou com o grupo dos transportes, que caiu 0,44% em relação a junho, revertendo a alta de 0,25%, e contribuindo com -0,08 ponto porcentual. O grupo foi puxado pela queda nos preços dos combustíveis. Segundo o levantamento do IBGE, o etanol ficou 4,55% mais barato, a gasolina caiu 2,79%, o diesel registrou recuo de 1,59% e o gás veicular caiu 0,49%. O impacto do setor não foi maior porque as passagens aéreas tiveram aumento de 18,10%.
O grupo habitação, subiu 0,43%, tendo sido responsável pela maior influência positiva no IPCA. O maior impacto foi da energia elétrica (1,13%), que teve a sexta alta seguida. O aumento deste mês foi devido à entrada em vigor da bandeira amarela, que onera as contas de luz em 1,50 real a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Entre os demais grupos que compõem o IPCA-15, alimentação e bebidas apresentou leve alta de 0,03%, após queda de 0,64% em junho. Destaque também para despesas pessoais (0,48%) e saúde e cuidados pessoais (0,34%). Os outros grupos ficaram entre a queda de 0,19% em vestuário e a alta de 0,14% em comunicação