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Prévia da inflação acelera 0,78% em fevereiro com volta às aulas

IPCA-15 veio ligeiramente abaixo da estimativa do mercado, de 0,78% para o mês, e acumula alta de 4,47% em 12 meses

Por Larissa Quintino Atualizado em 27 fev 2024, 09h33 - Publicado em 27 fev 2024, 09h20

A prévia da inflação de fevereiro foi de 0,78%, mostrando uma aceleração em relação ao resultado de janeiro, quando o índice ficou em 0,31%. Os dados são do IPCA-15, divulgados nesta terça-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A leitura de fevereiro, acima de janeiro, tem o fator sazonal do aumento dos preços com educação, que são puxados por reajustes de matrículas escolares no início do ano letivo. Apesar da aceleração, os dados de fevereiro vieram próximos da estimativa do mercado, que previa alta de 0,82% no período.

Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 4,49%, pouco acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. A meta para a inflação neste ano é de 3%, com margem de tolerância até 4,5%. 

Resultado

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito registraram alta em fevereiro. A maior variação (5,07%) e o maior impacto (0,30 ponto percentual) vieram do grupo Educação, seguido de Alimentação e bebidas, com alta de 0,97% e impacto de 0,20 p.p., e Saúde e cuidados pessoais (0,76% e 0,10p.p.). A exceção ficou com o grupo Vestuário, que registrou queda em fevereiro, com variação de -0,39% e impacto de -0,02 p.p no índice geral.

Em Educação, a maior contribuição veio dos cursos regulares (6,13% e 0,27 p.p de impacto), por causa dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (8,58%), do ensino fundamental (8,23%), da pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), Ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também tiveram altas.

O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,97%, uma desaceleração no ritmo dos preços em relação aos 1,53% registrados em janeiro. A principal contribuição para a inflação nos alimentos continuou sendo da alimentação no domicílio, com alta de 1,16% em fevereiro. Segundo o IBGE, a alta foi puxada por itens como cenoura (36,21%), batata-inglesa (22,58%),  feijão-carioca (7,21%), arroz (5,85%) e frutas (2,24%), que compõem a mesa diária do brasileiro.

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Em Saúde e cuidados pessoais (0,76%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,61%) e pelos itens de higiene pessoal (0,70%). Destacam-se as altas do produto para pele (1,67%) e do perfume (1,34%).

No grupo Habitação (0,14%), o resultado da taxa de água e esgoto (0,27%) foi influenciado pelo reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (3,06%), a partir de 1º de janeiro. Em gás encanado (-0,90%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: no Rio de Janeiro (-0,87%), reduções médias de 0,45% a partir de 1° de janeiro e de 1,30% a partir de 1º de fevereiro; em Curitiba (-4,81%), reduções de 6,82% a partir de 1º de janeiro e de 2,29% a partir de 1º de fevereiro.

No grupo Transportes houve aceleração de 0,15% na comparação com a deflação de -1,13% registrada em janeiro. Os preços foram influenciados por uma alta nos combustíveis:  gás veicular (3,83%), gasolina (0,84%) e etanol (0,32%) subiram, enquanto o óleo diesel (-0,32%) registrou queda. Já as passagens aéreas registraram deflação de 10,65% no período.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (2,14%) foi influenciada pelo reajuste médio de 16,67% em Belo Horizonte (6,71%), a partir de 29 de dezembro; e em São Paulo (7,34%), após aplicação de gratuidade nas tarifas aos domingos e em algumas datas comemorativas, a partir de 17 de dezembro. Ainda em São Paulo, houve reajuste de 13,64% nas tarifas de trem (6,84%) e metrô (6,84%) a partir de 1º de janeiro. Por conta dos reajustes mencionados, a integração transporte público subiu 6,90% nessa área. No Rio de Janeiro, houve redução de 4,05% nas tarifas de trem (-1,89%), a partir de 2 de fevereiro.

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Em Comunicação (1,67%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de dezembro de 2023 a 15 de janeiro de 2024 (base).

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