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Comissão especial pode votar relatório da reforma em junho

Segundo Marcelo Ramos, presidente do colegiado, comissão vai se reunir três vezes por semana para adiantar os trabalhos

Por Da redação
Atualizado em 30 abr 2019, 15h47 - Publicado em 30 abr 2019, 12h55

O presidente da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PR-AM), afirmou que foi definido um cronograma prévio do colegiado. A ideia é que a comissão realize onze audiências públicas ao longo do mês de maio e que o relatório seja apresentado no começo de junho, para ser debatido ao longo do mês. 

A comissão deve se reunir ao menos três vezes por semana para adiantar os trabalhos. “Para votar em julho no plenário, tenho de concluir a comissão em junho”, disse o presidente do colegiado, mas ressaltou que existem fatores externos que podem influenciar. 

Na manhã desta terça-feira, 30, Ramos, o relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP), e o vice-presidente da comissão Silvio Costa Filho (PRB-PE) estiveram reunidos para debater calendário e cronograma. Ontem, o presidente da comissão se reuniu como o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Pelo regimento interno da Câmara, deputados têm o prazo de dez sessões da comissão especial para apresentarem emendas ao texto. A partir da 11ª reunião, até a 40ª, o relator pode apresentar seu parecer, que será discutido e posteriormente votado. Depois dessa etapa, o texto vai para o plenário da Câmara.

Segundo Ramos, o objetivo é ouvir até sessenta pessoas na tramitação em audiências públicas, a começar pelo governo. “Quanto mais rápido a equipe econômica vier, melhor”, comentou.

A comissão especial tem a sessão inicial para tramitação da Proposta de Emenda à Constituição da Previdência marcada para a próxima terça-feira, dia 7, às 14h30.

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O relator da proposta na comissão, Samuel Moreira, afirmou que o relatório deve ser entregue na primeira ou segunda semana de junho. “Todo o esforço será feito para aprovar na Câmara a PEC da Previdência no primeiro semestre”, disse.

O que pode mudar com a reforma

A reforma da Previdência prevê que trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos se aposentem apenas após atingir uma idade mínima, que seria fixada em 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens. O tempo de contribuição mínimo também subiria: de quinze anos para vinte anos.

Há também mudanças em outros benefícios previdenciários como alterações no Benefício de Prestação Continuada (BPC) – pagamentos assistenciais a idosos e deficientes de baixa renda – e a aposentadoria rural, pontos que mexem com a parcela da população mais pobre.

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A possibilidade de criação de um sistema de capitalização também causa ruídos na Câmara, por propor que o trabalhador financie a sua própria aposentadoria. Hoje quem está na ativa paga o benefício de quem está aposentado. Esses trechos serão analisados por sub-relatorias, segundo o presidente da comissão. 

Após o texto ser votado pela comissão especial, vai para o plenário, onde precisa do voto favorável de três quintos dos parlamentares em primeiro e segundo turno. Depois disso, o texto vai para o Senado, onde passa pela CCJ da casa, e depois para o plenário. Se houver alguma alteração no texto, a reforma volta para a Câmara e precisa passar por todo o processo novamente.

(Com Estadão Conteúdo)

 

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