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Prepare o bolso: gasolina ficará mais cara a partir de 1º de fevereiro

Reajuste do ICMS será aplicado em todo o país. A alta, no entanto, não resolve o problema da defasagem, colocando mais aumentos no radar

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jan 2025, 17h37 - Publicado em 26 jan 2025, 09h34

A partir de 1º de fevereiro, os motoristas terão de gastar mais para encher o tanque. Isso porque o valor da gasolina, do etanol e do diesel subirá nos postos, pois o  ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) sobre combustíveis sofrerá um reajuste.

A alíquota da gasolina e do etanol aumentará 10 centavos por litro, passando para 1,47 real.  Já o diesel e o biodiesel terão um acréscimo de 6 centavos por litro, para 1,12 real. A mudança nos impostos será aplicada em todos os estados e aumenta as preocupações com a inflação. A alta dos preços dos combustíveis tende a gerar um efeito cascata na pandemia, já que o custo do transporte é embutido no preço de produtos e serviços. No ano passado, por exemplo, a gasolina foi o subitem que mais teve peso no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e acumulou alta de 9,7%. Em 2024, a inflação estourou o teto da meta. Com a inflação fora desse limite, o Banco Central age com taxas de juros mais altas, o que gera um efeito de desaceleração na economia. 

O Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal) explicou que o reajuste no ICMS é uma medida para garantir um sistema fiscal equilibrado, alinhado às flutuações do mercado e promovendo uma tributação mais justa. 

Defasagem

Embora a Petrobras não siga mais o preço de paridade internacional (PPI), mantendo certa autonomia em relação ao mercado global, as defasagens nos preços domésticos são significativas. De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença entre o preço praticado pela Petrobras e o valor no mercado internacional chega a 85 centavos por litro no diesel (24%) e a 37 centavos na gasolina (13%).

Segundo a entidade, os reajustes devem ser aplicados para dar maior segurança à importação dos volumes necessários para completar o atendimento das demandas, bem como para não prejudicar as precificações dos produtos dos produtores privados.

O último reajuste na gasolina ocorreu em julho do ano passado. Segundo a Genial Investimentos, o preço médio nas refinarias da Petrobras permaneceu em 3,05 reais por litro para a gasolina e 3,68 reais para o diesel desde então.

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Esse cenário de descompasso entre os preços praticados internamente e a realidade internacional também afeta os resultados da Petrobras. O segmento de refino, transporte e comercialização (RTC), responsável por 10% a 14% do Ebitda da empresa, enfrenta margens mais apertadas devido à manutenção de preços abaixo do mercado global.

O preço dos combustíveis já vem sendo pressionado pela valorização do dólar, que recentemente ultrapassou a marca de 6 reais. O aumento no ICMS sobre gasolina, etanol, diesel e biodiesel adiciona uma nova camada de pressão, tornando inevitável o repasse aos consumidores nas bombas. O problema é que elevações no preço dos combustíveis têm um efeito cascata sobre a economia, impactando diversos setores e contribuindo para o aumento generalizado da inflação.

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