Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Preços ao produtor desaceleram forte em 2023 e registram deflação de 4,98%

Safra recorde de alimentos, queda no valor das commodities e valorização do câmbio contribuíram com o resultado do setor

Por Larissa Quintino Atualizado em 7 Maio 2024, 17h36 - Publicado em 1 fev 2024, 09h50

Os preços do setor industrial tiveram variação negativa de 0,18% em dezembro de 2023 frente ao mês anterior, o segundo resultado negativo em sequência. Com isso, a inflação da indústria 2023 com queda de 4,98%,  a menor desde o início da série histórica, em 2014. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, pelo IBGE. A taxa foi aproximadamente oito pontos percentuais, quando havia registrado inflação de 3,2%.

A queda na inflação da indústria se relaciona com a desaceleração do índice geral: o IPCA encerrou o ano em 4,62% e, com isso, o país fechou um ano com a inflação dentro da meta pela primeira vez desde 2020.

De acordo com Felipe Câmara, analista da pesquisa, a deflação registrada no setor está relacionada com a queda de preços generalizada no setor no primeiro semestre. “Ao analisar o resultado de 2023, é preciso lançar luz também sobre a apreciação cambial acumulada no ano, que amenizou o custo de importação de insumos, tornou os bens finais produzidos no exterior mais competitivos e reduziu o montante recebido em reais pelo exportador brasileiro”.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação. As atividades que tiveram as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (-1,85 p.p.), outros produtos químicos (-1,51 p.p.), metalurgia (-0,60 p.p.) e alimentos (-0,60 p.p.).

Continua após a publicidade

“A cotação de comodities chave para as cadeias industriais brasileiras entrou em trajetória de queda no mercado internacional. O movimento perdurou até o primeiro semestre de 2023, com posterior moderação na curva de preços. É o caso do barril de petróleo, insumo principal do setor de refino. Algo semelhante ocorreu com os fertilizantes e defensivos, itens da indústria química consumidos na lavoura.” diz Câmara.

O IBGE também destaca a fabricação de alimentos, que se beneficiou da safra recorde de grãos. Na metalurgia, os produtos de alumínio puxaram a queda setorial por razões similares às expostas para os demais derivados de comodities. O mercado para esses itens esteve desaquecido frente à baixa atividade percebida e projetada nas cadeias consumidoras ao longo do ano, algo que também se estendeu aos derivados da siderurgia.

Pela perspectiva das grandes categorias econômicas, o resultado anual se estabelece a partir da variação de -1,62% em bens de capital (com influência de -0,12 p.p.), -7,87% em bens intermediários (-4,52 p.p.) e -0,96% em bens de consumo (-0,34 p.p.).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.